O presidente do Legislativo, Heitor Hoppe, volta atrás na decisão de gastar R$ 20 mil com a compra de café “gourmet”, leite em pó e achocolatado para servir aos parlamentares e servidores.
O processo licitatório ocorreria na semana passada, mas foi cancelado após repercussão negativa do fato. Aluguel da máquina por R$ 200 mensais com empresa Qualitá, com sede em Muçum, segue até acabar o estoque comprado em 2015.
Há três semanas, o jornal A Hora publicou reportagem alertando sobre os gastos excessivos com o pregão presencial. Ao todo, seriam adquiridos 550 quilos de produtos que abasteceriam a máquina alugada. “Tão logo surgiu a polêmica eu pedi para suspender a nova compra. Vamos voltar, até abril, com o cafezinho tradicional, mais simples. É o mínimo”, explica Hoppe.
O presidente cita ainda que pediu um levantamento completo do estoque. “Pedi para o pessoal da cozinha me avisar quando houver produto para mais 30 dias. Com isso, encaminharemos o aviso prévio para cancelar, também, o contrato de aluguel da máquina”, informa.
De acordo com o edital cancelado a pedido da câmara, estava orçada para este ano a compra sob demanda de 300 pacotes de café solúvel “gourmet” com 500 gramas cada. O valor referência de cada unidade era de R$ 34,40. Com isso, seriam gastos R$ 10,3 mil só com esse lote.
O pregão presencial solicitava também a compra de 200 pacotes de leite em pó de um quilo, sem açúcar, a um custo de R$ 25,40 a unidade, fechando em R$ 5 mil o custo total do produto. O mesmo edital ainda previa 200 pacotes de chocolate com leite ao preço unitário de R$ 23,50. Para isso, seriam gastos mais R$ 4,7 mil, totalizando R$ 20 mil.
As quantidades solicitadas seriam compradas durante todo o ano, em caso de necessidade. A decisão de alugar a máquina e servir café “gourmet” e achocolatado foi tomada pelo ex-presidente Carlos Ranzi (PMDB). Para ele, a medida gerou economia, pois era preciso duas funcionárias para fazer o café servido na câmara, e, após a mudança, uma delas voltou a trabalhar para o Executivo, desonerando o Legislativo.
Agora, com a suspensão do edital – e somente após o fim do estoque –, os servidores, visitantes e vereadores do Legislativo lajeadense terão às suas disposições apenas café normal para cada um dos 17 espaços e gabinetes, e não mais capucino, achocolatado e café com leite, servidos de graça hoje.