Vendas em feiras surpreendem piscicultores

Vale do Taquari

Vendas em feiras surpreendem piscicultores

Semana Santa corresponde a 80% da comercialização. Quilo é cotado a R$ 10

Vendas em feiras surpreendem piscicultores
Vale do Taquari

Neste período de Quaresma e Semana Santa, a procura por pescados aumenta. A época é responsável pela venda de 80% da produção total.

Segundo o coordenador de projetos de Piscicultura da Emater, Henrique Bartels, no ano passado, foram comercializadas 3.224 toneladas de pescado, apenas da produção em cativeiro no RS, estimada em 17 mil toneladas por ano.

Para 2016, o levantamento projeta um crescimento de 30%, com a quantidade podendo chegar a quase 4,2 mil toneladas, em 395 feiras. Também é esperado um incremento no valor médio pago ao produtor, que deve passar de R$ 9,66 para R$ 11,88, alta de 23%.

Em Estrela, um dos maiores produtores da região, até o meio-dia desta sexta-feira é projetada a venda de oito toneladas de peixes, das espécies carpa (prateada, húngara, cabeça grande e capim) e tilápia. O preço do quilo varia entre R$ 8 e R$ 10. Os peixes também podem ser levados eviscerados e limpos, ao custo de R$ 2,50 por unidade.

Conforme o médico-veterinário, Alberto Luiz Volkmer, apesar de serem realizadas duas feiras por mês, é durante a Páscoa que a procura é maior. “Tem produtor que vende 100% dos peixes na Semana Santa.”

O movimento durante a semana surpreendeu. Mais de 1,5 mil pessoas passaram pelo local desde segunda-feira. Ao todo, 30 profissionais, entre produtores e servidores da Secretaria da Agricultura, se revezam para atender os pedidos e limpar o pescado.

O programa de incentivo implantado pela Emater e Secretaria da Agricultura projeta aumentar a oferta de peixe em 40% até 2020. Hoje são 45 piscicultores, cuja produção anual alcança uma média de 15 toneladas. “Queremos oferecer o produto semanalmente. Aos poucos as pessoas descobrem os benefícios à saúde e incluem o pescado no cotidiano.”

O aposentado Flávio Brum, de Estrela, chegou cedo para comprar. Ele prefere o peixe vivo ao vendido em mercado. “É mais saudável. Com problemas estomagais e digestivos, troquei a carne vermelha pela de peixe.” Além de Estrela, a venda ocorre até o meio-dia desta sexta-feira em Lajeado, na feira do produtor.

Escape de fraudes

Em 2015, fiscais federais agropecuários flagraram troca de espécies, adição de água e outros problemas em uma de cada quatro amostras coletadas, 23% das porções recolhidas. Uma operação especial iniciou no dia 16 de fevereiro em oito estados.

O tipo de fraude mais comum é a troca de espécies nobres, de alto valor como bacalhau e linguado, por de menor valor comercial, como polaca-do -alasca e panga. De acordo com o fiscal federal Rodrigo Mabilia, é preciso ficar atento a preços muito “convidativos” e que não são compatíveis com aquela espécie.

Dicas para a compra

– Os olhos precisam estar transparentes

– Escamas brilhantes, bem presas à pele

– As guelras devem ter uma cor rosada ou vermelha sanguínea

– No açougue ou no supermercado, peixe fresco deve estar em balcão frigorífico conservado em gelo, com temperatura entre 0º e -18ºC

– Confira na embalagem do peixe congelado a data de acondicionamento e o prazo de validade

– Congelado perde peso, sabor e consistência

– Confira se a embalagem não está aberta

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