O belvedere Aldino Aloísio Gallas é o primeiro concluído do projeto de recuperação da orla do Rio Taquari. A estrutura localizada na rua Oswaldo Aranha, próximo à fábrica de vinagres Prinz, foi reinaugurada ontem.
A obra incluiu a instalação de bancos, mesas e banquetas para jogos de tabuleiro, um balanço para crianças, iluminação e jardinagem. A construção é fruto de parceria entre a administração municipal e um grupo de empresários do município.
O projeto de recuperação da orla ainda incluiu obras em outros dois belvederes. Um deles fica em frente ao Restaurante Barranco, próximo à esquina entre as ruas Osvaldo Aranha e Júlio de Castilhos. O outro, ao lado da Praça Moreira César.
Realizada em conjunto entre secretarias de Meio Ambiente (Sema) e Planejamento (Seplan), com auxílio do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da Univates (Emau), a recuperação da orla recebe investimento de cerca de R$ 770 mil.
Desses, R$ 250 mil são provenientes de multas ambientais. Outros R$ 520 mil, provenientes do Ministério do Turismo, serão aplicados na aplicação de camada asfáltica em alguns trechos de ruas, além de sinalização e canalização. A conclusão do projeto está prevista para junho.
Após terminar esta etapa, a administração pretende se concentrar na recuperação do antigo prédio do ex-prefeito Bruno Born, também na rua Osvaldo Aranha.
Reaproximação ao Taquari
A secretária de Planejamento, Marta Peixoto, ressaltou a necessidade de retomar a ocupação dos espaços à beira do rio Taquari. Segundo ela, ao longo do tempo a população virou as costas para o manancial. “Temos que nos reaproximar do rio e utilizar esta estrutura, não só de passagem, mas como uma área de lazer e convivência”, ressalta. Ela pediu colaboração da comunidade para assegurar a preservação do local.
Natural de Santa Cruz do Sul, o secretário de Meio Ambiente, José Francisco Antunes, disse que o Taquari era um atrativo para visitar a cidade. “Sempre quis morar em uma localidade banhada por um rio como este.”
Para o prefeito Fernando Schmidt, mais do utilizar e preservar o local, a população precisa reocupar o espaço urbano. Ele falou sobre as iniciativas realizadas na cidade vizinha de Estrela, e ressaltou os projetos para construção de uma nova ponte entre os dois municípios.
Área de Preservação Permanente
A legislação ambiental restringe obras a menos de cem metros do leito do Taquari, classificada como Área de Prevenção Permanente (APP). Porém, a norma permite intervenções realizadas em prol da sociedade e do poder público, mesmo que ocorram nesse tipo de terreno. O governo de Lajeado realiza estudo jurídico para avalizar obras particulares, atendendo pedido do Comitê de Revitalização do Centro Antigo.
