Escritor cruzeirense conta as excentricidades da MPB

Vale do Taquari

Escritor cruzeirense conta as excentricidades da MPB

Ismael Caneppele narra histórias de 17 artistas da música nacional

Escritor cruzeirense conta as excentricidades da MPB
Vale do Taquari

O Shopping Lajeado vai sediar, às 19h do dia 7 de abril, o lançamento do livro A Vida Louca da MPB. Escrita pelo gaúcho Ismael Caneppele, 32, a obra vai tratar da loucura, genialidade e vícios de 17 cantores brasileiros.

Conforme Caneppele, o grupo foi escolhido em função da relevância para a música nacional. “Parte de Carmen Miranda e fecha essa primeira edição com a Cássia Eller”, conta o autor.

Para realizar o trabalho, ele pesquisou durante três anos. Conversou com pessoas próximas aos cantores, além de utilizar matérias antigas e bibliografias. “Mergulhei em cada uma dessas vidas, sempre trazendo no enfoque a questão da loucura, dos vícios e dos escândalos. Isso que me interessava no perfil de cada um.”

Nas 272 páginas do livro, Caneppele fala dos porres de Maysa, das viagens interplanetárias de Raul Seixas e das brigas de Itamar Assumpção com os fãs. As histórias são contadas em linguagem informal e pop, facilitando a leitura.

Além de Lajeado, o livro também será lançado no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Foi produzido pela editora LeYa Brasil. O custo médio do exemplar é R$ 50.

“Meus trabalhos têm esse elogio ao desregrado”

Natural de Cruzeiro do Sul, Caneppele se mudou para Lajeado na infância. Aos 14 anos, teve o primeiro contato com a arte graças a um projeto cultural do município. Aos 17 anos, foi para São Paulo onde começou a trabalhar com cinema e literatura.
Entre suas principais obras, estão Os Duendes e os Anjos da Morte, Músicas para Quando as Luzes se Apagam e Só a Exaustão Traz a Verdade.

A Hora – O que o motivou a escrever sobre a vida louca da MPB?
Ismael Caneppele – Na verdade era um desejo antigo de trazer luz sobre figuras geniais que tiveram uma vida desregrada. Praticamente todos os meus trabalhos têm esse elogio ao desregrado. Então, quando eu pude escolher 17 figuras da música brasileira e contar a história da genialidade delas do ponto de vista dos vícios, foi um grande presente que recebi da LeYa Brasil.

Escritor lançará o livro no Shoping Lajeado no dia 7 de abril. Programação inicia às 19h na Livraria Nobel

Escritor lançará o livro no Shoping Lajeado no dia 7 de abril. Programação inicia às 19h na Livraria Nobel

Por que escolheu essas 17 figuras?
Caneppele – Parte de Carmen Miranda e fecha essa primeira edição com a Cássia Eller. Escolhi eles muito pela relevância que têm na cultura nacional e outros pelo pouco que se conhece, como é o caso de César Sampaio, Itamar de Assumpção e Júlio Barosso. São figuras que pouca gente conhece, mas que têm uma grande importância na música.

Quanto tempo demorou para terminar a obra? Como foi esse período de pesquisa?
Caneppele – Foram quase três anos. A pesquisa foi tanto conversar com pessoas que conviveram com os cantores quanto a utilização de material de imprensa, biografias escritas, programa de TV, rádio. Mergulhei em cada uma dessas vidas, sempre trazendo no enfoque a questão da loucura, dos vícios e dos escândalos. Isso que me interessava no perfil de cada um.

Pode dar pequenos exemplos das loucas histórias contadas no livro?
Caneppele – Vai ter uma história de uma briga do Tim Maia com o Erasmo Carlos. Eles cresceram juntos. O Tim Maia era entregador de marmitas e ele comia as marmitas antes de entregar. O Erasmo descobriu, e os dois se quebraram no pau.

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