Ato comunitário tenta impedir extração

Arroio do Meio

Ato comunitário tenta impedir extração

Contrários à retirada de cascalho do Rio Forqueta, moradores iniciam campanha

Arroio do Meio
oktober-2024

Um abaixo-assinado circula entre moradores de Forqueta. Até o início desta semana, o documento tinha 50 adesões. A comunidade solicita parecer negativo ao pedido de uma empresa em ampliar a extração de cascalho no Rio Forqueta. No ano passado, atuação havia sido negada pelo Departamento de Meio Ambiente e foi concedida após mandato judicial.

O tema gerou críticas do vereador Paulo Grassi (PT), na semana passada. De acordo com o parlamentar, com a medida, a extração da empresa passaria dos dez quilômetros de extensão para cerca de 30.

Segundo ele, o temor dos moradores é dos efeitos gerados pela extração de forma incorreta. Em trechos do rio onde o serviço já é feito, afirma, houve redução no nível da água em cerca de três metros. De acordo com Grassi, as assinaturas devem compor um levantamento sobre o tema e o caso deve ser encaminhado ao Ministério Público.

A tendência, afirma, é de uma reunião com moradores das localidades após o feriado da Páscoa. Grassi salienta o prejuízo causado pela atuação sem respeitar os limites legais para extração. “O problema é o desrespeito à lei. É preocupante ver isso em um dos principais afluentes do Rio Taquari.”

As solicitações para aumento da área de atuação chegaram ao departamento há cerca de três semanas, quando três protocolos foram encaminhados com o pedido. A rejeição ao tema leva o coordenador da repartição, Paulo Barbosa, a cogitar audiências públicas para debater a liberação.

Segundo ele, a reunião é um pleito antigo dos moradores que alegam degradação do rio. O impasse já influenciou a decisão para o pedido de renovação da atividade em junho do ano passado. Na época, o parecer foi negativo, mas precisou ser fornecido após a empresa conseguir um mandato de segurança.

Situação recorrente

A reclamação é similar à mobilização desenvolvida em 2011, também durante a renovação da licença da empresa. Na época, 20 moradores de Forqueta Baixa se reuniram para debater o tema. Entre as reclamações apresentadas, estava o aumento da erosão ao longo do rio. Até o fechamento desta edição, a Fundação Estadual de Proteção Ambietal (Fepam) não havia se manifestado sobre o caso.

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