O peixe é o alimento tradicional da Semana Santa, especialmente na Sexta-Feira Santa. Por conta disso, a procura aumenta.
Conforme dados da Emater Regional de Lajeado, em 37 municípios serão realizadas 98 feiras, uma média de três por cidade. O volume ofertado chega a 385 toneladas, cuja movimentação financeira alcança R$ 2,6 milhões.
Segundo o zootecnista e assistente técnico de produção animal, João Sampaio, devido ao reajuste dos custos com ração, energia elétrica e encargos, o preço médio do quilo chega a R$ 9S.
Em todo estado, ocorrem 395 feiras e outros 6.139 locais de comercialização de peixes. A estimativa é de ultrapassar o volume de 2015, quando foram consumidas 3,2 mil toneladas. As variedades mais cultivadas são carpa (80%), tilápia (12%) e jundiá (4%).
Nos vales Taquari e Caí, a atividade abrange 5,2 mil piscicultores. A área alagada chega a 1,8 mil hectares. O crescimento registrado nos últimos 25 anos alcança uma média de 8% ao ano.
Procura maior que a oferta
Na propriedade de Bruno Becker, no bairro Floresta, em Lajeado, a venda inicia no dia 23. Serão ofertados mais de mil quilos das espécies carpa, tilápia e jundiá. O quilo é vendido a partir de R$ 9. Para limpar e esviscerar cada peixe, é cobrado um adicional de R$ 2,50. Ao todo dez pessoas ajudam na retirada e preparo do pescado nos dois dias de feira na propriedade. “No segundo dia sempre falta produto.”
Becker iniciou a criação em 1979, quando a Emater instalou os primeiros açudes, considerados modelos de produção para o Vale do Taquari. A engorda começou com 400 peixes da espécie carpa. Hoje, a cada 18 meses, são vendidos em torno de quatro mil quilos.
Ele orienta quanto aos cuidados necessários para manter a qualidade da água e da alimentação. “Os açudes são abastecidos com fontes naturais. Além de ração, não pode faltar pasto verde. Em dias de calor, é preciso colocar calcário nas margens, isso aumenta a oxigenação”, ensina.
Destaca a necessidade de oferecer ao consumidor novos produtos. “Nós fazemos salsichão e linguiça. Precisamos agregar valor à matéria-prima, oferecer novidades ao cliente.”
Pontos de venda
Colinas – Dia 24, a partir das 9h30min, na Praça dos Pássaros
Marques de Souza – Dia 23 e 24 na propriedade de Waldemar Mertz, em Linha Bastos
Arroio do Meio – Dia 23 e 24, das 9h às 18h, nos fundos do prédio da Secretaria de Educação
Bom Retiro do Sul – Dia 24, a partir das 8h, em oito propriedades do interior
Boqueirão do Leão – Entre os dias 21 e 24, na Praça Doutor Anuar Elias Aesse
Cruzeiro do Sul – Dia 24, a partir das 15h, e no dia 25, a partir das 8h, no Parque Poliesportivo
Encantado – Dia 19 na propriedade de Valdir Luzzi, em Linha Argola. Dias 23 e 24, na Feira do Produtor, na Júlio de Castilhos
Estrela – Dias 19, 23, 24 e 26 na Praça Henrique Rollart, a partir das 7h.
Fazenda Vilanova – Dias 23 e 24, das 8h às 17h, embaixo da elevada da cidade, na BR-386
Imigrante – Dia 19, das 8h ao meio-dia. Dia 24, das 14h às 19h, na avenida Doutor Ito Snel
Lajeado – Entre os dias 21 e 25 de março, das 8h às 18h (na Sexta-Feira Santa, das 7h às 12h), na feira do produtor. Outras duas ocorrem no bairro Floresta nas propriedades de Oscar Muller e Ademar Spohr
Forquetinha – Dias 18 e 19 na propriedade de Célio Buzon, na localidade de Bauereck. Entre os dias 21 e 24, venda na propriedade de Adelzinho Welsbacher, divisa com Canudos do Vale.
Paverama – Dias 19, 20 e 24, a partir das 8h, em sete propriedades do interior
Progresso – Dia 19, às 8h, na propriedade de Roberto Massolini, de Selim
Roca Sales – Dia 19, a partir das 7h, no centro, na Feira do Produtor
Teutônia – Dia 24, na rua Erno Dahmer, no bairro Languiru, a partir das 7h. Na Dom Pedro II, em frente ao Charrua, no bairro Canabarro, a partir das 9h30min
Travesseiro – Dia 19, a partir 10h, na propriedade de Elmar Kreutz, no lado do salão do SER Juventude
Westfália – Dia 19, propriedade de João e Gilberto Fabrin, de Paraíso Paysandu
Variedades oferecidas: carpas,
jundiás, tilápias e traíras
Preço: quilo varia entre R$ 6 e R$ 10