O resultado dos exames feitos pela 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), no fim de janeiro, confirmaram a ocorrência do vírus zika em uma moradora de Teutônia.
A mulher de 65 anos, residente do bairro Canabarro, foi contaminada após viagem ao Mato Grosso. O caso é o primeiro da doença na região e o segundo no RS.
No município, o chefe de gabinete, Délcio Barbosa, responde pela secretaria durante o período de férias da responsável pelo setor. Segundo ele, apesar da identificação, não foram encontrados pontos com largas do mosquito após as varreduras das equipes da vigilância epidemiológica. Na época, a análise foi feita em 300 metros no entorno da casa da paciente.
Apesar do resultado da varredura, Barbosa salienta a necessidade de participação popular para evitar possíveis criadouros do mosquito aedes aegypti. A preocupação do representante é justificada pelo histórico de casos de dengue e localização de focos do inseto na região. “É uma questão muito ampla. Ou envolvemos todos, ou não teremos resultados.”
Para o coordenador da 16ª CRS, Vitor Gerhardt, as ações tomadas no município após a identificação do caso foram positivas. Segundo ele, a confirmação só veio após dois testes feitos no Paraná. “O trabalho que tinha para ser feito, foi feito.”
Afirma que a moradora havia apresentado os sintomas da doença após voltar de viagem e foi examinada para dengue. Na época, o teste deu negativo. Com o resultado, uma nova avaliação foi feita, dessa vez, para o vírus zika.
Segundo Gerhardt, apesar do trabalho de prevenção ter sido intensificado nos últimos dois meses, com reuniões com representantes dos municípios, a efetividade depende de participação popular. Nos próximos dias, afirma, ele deve se reunir com integrantes da Coordenadoria Regional de Educação (CRE) para tratar ações sobre o tema nas escolas.
Pela região
Lajeado, Cruzeiro do Sul e Estrela identificaram a presença de larvas do mosquito desde o ano passado. O caso mais recente foi em Estrela, nessa terça-feira, após análise feita em quatro armadilhas espalhadas pelo município.
Com a identificação, no perímetro de 300 metros do local, equipes da vigilância epidemiológica devem vistoriar casas e terrenos para orientar e eliminar possíveis criadouros. “Já fizemos este trabalho no perímetro das armadilhas números 26 e 14, ambas no bairro Boa União, onde encontramos inúmeros locais com lixo e materiais acumuladores de água”, ressalta o secretário Elmar Schneider.