Protesto dos professores ganha reforço

Lajeado

Protesto dos professores ganha reforço

Alunos e policiais se uniram na mobilização em frente ao Colégio Castelo Branco

Protesto dos professores ganha reforço
Lajeado

A possibilidade de novos parcelamentos dos salários e o posicionamento do Piratini diante da fragilidade econômica do Estado mobilizaram professores, alunos e servidores da Polícia Civil.

Manifestação convocada pelo oitavo núcleo do Cpers/Sindicato, ocorreu em frente ao Colégio Estadual Castelo Branco. A mobilização começou tímida. As 9h30min, horário marcado para o início da concentração, pouco mais de dez pessoas estavam no local. O grupo aumentou cerca de meia hora depois, com o reforço de professores e alunos do Castelinho.

De acordo com o coordenador -geral do 8o núcleo do Ceprs, Oséias Souza de Freitas, pela primeira vez desde o começo das manifestações no ano passado, não é possível ter uma noção prévia de adesão à greve.

Para ele, professores e demais categorias estão perplexas diante do descaso do governo estadual perante as necessidades básicas dos servidores.

Conforme Freitas, o posicionamento dos professores da região dependerá do que for determinado na assembleia geral de amanhã, em Porto Alegre. “A categoria está pasma com o descaso, mas quanto mais agressão do governo maior será a nossa reação.”

Regressão

Segundo a professora Mirelle Pretto da Silva, as imposições do Executivo estadual estão causando uma “involução” do sistema educacional. Para ela, o estado já foi referência em qualidade de ensino e toda a estrutura pública regrediu nos últimos anos.
A cada dia, indica, a infraestrutura da escolas piora, o quadro de professores encolhe e os alunos se desmotivam um pouco mais. “Isso mostra o quão pouco nossos representantes políticos nos representam”, lamenta.

Drama compartilhado

Conforme a vice-presidente do sindicato dos policiais civis (Ugeirm), Magda Lopes, a exemplo do movimento unificado dos servidores e da segurança, é preciso ter uma união das instituições locais para reforçar as reivindicações.

Se persistirem os parcelamentos, revela, “vamos gradativamente restringindo serviços e atuação”. Para ela, a falta de pessoal, semelhante ao que ocorre com os professores, é um dos principais agravantes ao problema de segurança pública.

Segundo Magda, as determinações do estado parecem vir de um governador que fica enclausurado em um castelo, de onde não é possível ver o que de fato acontece ao seu redor. “Assim como colocamos nossa vida em risco, precisamos de um governo que trate como prioridade”, reivindica.

Alternativa

De acordo com a professora Magali Schnorr, para o governo do Estado professores, alunos e o funcionalismo, de uma forma geral, são apenas números. Ela sugere que se a crise financeira não deixa alternativas ao Executivo a luta pela destinação de parte da verba proveniente da exploração do pré-sal, junto ao governo federal, seria uma alternativa a longo prazo.

Em contraponto, não vê uma solução imediata para evitar novos parcelamentos. Existe uma categoria inteira com medo, destaca, e a educação é prioridade só no palanque. “Não é apenas um problema, ganhamos mal, não se investe em infraestrutura, nem em qualificação, o que dificulta o comprometimento pedagógico”, conclui.

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