Cpers organiza ato no colégio Castelinho

Vale do Taquari

Cpers organiza ato no colégio Castelinho

Professores integram mobilização e podem declarar greve nesta sexta-feira

Cpers organiza ato no colégio Castelinho

Os professores da rede estadual realizam hoje ato público em defesa da educação. A manifestação ocorre a partir das 9h30min, em frente ao colégio Presidente Castelo Branco, em Lajeado, e integra ações convocadas em todo o país pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

A categoria exige o cumprimento do piso nacional dos professores, o fim dos parcelamentos nos salários, além de criticar os processos de readequação das turmas e o aumento da carga horária dos docentes, que passou de 13 para 16 períodos.

De acordo com o coordenador-geral do 8º núcleo do Cpers, Oséias Souza de Freitas, o sindicato também defende a manutenção do Plano de Carreira e repudia a proposta de passar a gestão escolar a organizações sociais, a exemplo do que ocorre em Goiás.

Na opinião do dirigente, se a iniciativa for colocada em prática, representará a privatização das escolas estaduais. “Na prática, significará perda da qualidade das instituições públicas, pois a gestão será motivada pelo lucro.”

Amanhã, dirigentes regionais se deslocam para Porto Alegre onde começam a preparar a assembleia geral de sexta-feira, 18. A reunião servirá para definir a realização de uma greve geral da categoria, por tempo indeterminado.

Freitas pede que todos os professores da rede estadual participem do evento na capital. Segundo ele, tanto os favoráveis à greve quanto os contrários precisam comparecer à votação que definirá os rumos do movimento.

Piratini pede continuação das aulas

O Governo do Estado emitiu, ontem, nota a respeito das manifestações. No texto, o Piratini diz compreender e respeitar os motivos que levaram o Cpers a aderir às manifestações nacionais convocadas pela CNTE, mas pediu que as aulas sejam mantidas.

Conforme a nota, a administração faz todos os esforços para recuperar o equilíbrio financeiro do estado, mas depende da união e do compromisso de todos os gaúchos. “Para isso, é fundamental que as aulas sejam mantidas regularmente, preservando o atendimento dos nossos estudantes.”

Segundo o governo, os diretores devem garantir acesso dos professores e alunos às escolas e apontar eventuais ausências, seguindo os regulamentos estabelecidos.

Faltam propostas

Em resposta à nota publicada pelo governo, o Cpers alega manter uma postura de diálogo e negociação, mas diz que faltam propostas concretas do Estado para a categoria. Para a direção central da entidade, o governador joga a culpa da crise no funcionalismo para justificar as medidas tomadas no primeiro ano da gestão.

Como exemplo, a entidade cita o aumento do ICMS, apontado como salvação para o pagamento do funcionalismo. Porém, o tributo que aumentou as contas de água, luz, telefone, alimentação e gasolina não impediu os parcelamentos dos salários.

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