Alteração em horários de ônibus gera críticas

Lajeado

Alteração em horários de ônibus gera críticas

Associações de bairros organizam manifesto

Alteração em horários de ônibus gera críticas
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As mudanças nos horários de ônibus em diferentes bairros devem gerar uma nova reunião.

O encontro deve contar com a participação de representantes das associações de moradores do Santo Antônio e do Morro 25. Em ambos, além do Montanha, reclamações têm sido frequentes entre os usuários desde o início do ano.

Para o presidente da associação do bairro Morro 25, Carlos Farias, houve problemas na comunicação com os usuários do serviço. Segundo ele, a maioria dos moradores necessita de ônibus para trabalhar e as alterações ocasionaram transtornos.

Um agravante, segundo ele, é a falta de cobradores durante os roteiros. A situação, afirma, gera mais demora nos roteiros entre o bairro e o centro. “Não percebemos melhorias do serviço, muitas pessoas precisam e não conseguem usar.”

O problema já havia motivado o convite para representantes da Ereno Dörr participarem da reunião mensal da entidade, no mês passado. Na época, eles alegaram outros compromissos e não compareceram. Na ocasião, integrantes de outras cinco associações do bairro estiveram presentes. Uma nova tentativa será feita no dia 31.

Já no Montanha, a demanda é por mais flexibilidade dos horários. O tema foi tratado durante reunião no início do mês. De acordo com o presidente da Associação de Moradores, Décio Wollmuth, na época, não houve definição quanto aos horários exigidos e uma nova reunião deve ser marcada para ajustar a proposta.

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Entre os passageiros do transporte público no bairro, as opiniões são divergentes. Há 50 anos no bairro, Jandira da Silva, 70, classifica o momento como o período de maior dificuldade para utilizar o serviço.

Todos os dias, ela depende de ônibus para ir até o centro. Acompanha o tratamento do irmão. Nos fins de semana, afirma, o problema com o transporte se agrava. Entre a tarde de sábado e o domingo, indica a falta de linhas com trajeto próximo à casa. A opção é descer em outros pontos do bairro e percorrer o restante do caminho a pé. “Quem depende disso é uma tristeza. Cheguei a ficar mais de uma hora no ponto. Antes não tinha problema, tínhamos ônibus de meia em meia hora.”

Já para Lenita Tonezer, 59, a situação exige adaptação dos usuários. De acordo com ela, muitos roteiros com passagem pelo bairro ou no centro foram antecipados e os horários disponíveis para consulta estão desatualizados.

Para trabalhar, no centro, e voltar para casa, chega a pegar quatro ônibus por dia. Segundo a moradora, o maior problema é para voltar do centro para o bairro. Ela reforça a necessidade de cobradores nas linhas de ônibus. Para Lenita, a situação dificulta a orientação dos passageiros.

Alterações na pauta

A possibilidade de reunião foi cogitada pelo gerente da Ereno Dörr, Fabrício Schneider, como forma de esclarecer sobre o panorama atual. De acordo com ele, em muitos pontos da cidade, houve uma antecipação dos horários devido a mudanças nos roteiros implantados no centro.

Com elas, afirma, as linhas ficaram mais rápidas. “Não tenho como deixar o motorista parado para compensar a diferença. Vamos marcar uma reunião e repassar tudo isso para ajustar”, resume.

As alterações de acordo com ele foram poucas nos bairros. Entre elas, indica, a do Morro 25. Nele, o horário das 7h deixou de ter dois veículos com passagem pelo Santo Antônio e passou a ter um no roteiro habitual e, outro, saindo da divisa com Cruzeiro do Sul.

Ele descarta a possibilidade de contratação de cobradores para a rota. O motivo é a pouca circulação de dinheiro. Entre os usuários, afirma, os trabalhadores são maioria e 70% utilizam vale-transporte.

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