Campanha enaltece qualidade do leite gaúcho

Estado

Campanha enaltece qualidade do leite gaúcho

IGL pretende retomar credibilidade do setor

Campanha enaltece qualidade do leite gaúcho
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oktober-2024

O Instituto Gaúcho do Leite (IGL) apresenta amanhã, às 8h, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, em Porto Alegre, a campanha publicitária, focando a qualidade do leite gaúcho.

O café da manhã contará com a presença do governador José Ivo Sartori, líderes do setor e imprensa. Conforme o diretor-executivo do IGL, Ardêmio Heineck, o principal objetivo do projeto é restabelecer a credibilidade ao produto após as sucessivas operações Leite Compen$ado, desenvolvidas pelo Ministério Público. “Queremos resgatar a imagem do alimento perante o consumidor final”, reforça o presidente do instituto, Gilberto Piccinini.

A campanha será financiada com recursos do Fundoleite/RS, cujo orçamento chega a R$ 200 mil neste ano. Segundo Heineck, a ideia tinha sido discutida e aprovada pelas entidades parceiras em 2014. Somente não foi veiculada no ano passado devido à falta de fluxo de caixa do IGL, tendo em vista que algumas indústrias deixam de contribuir para o fundo.

Como o RS absorve apenas 40% da matéria-prima e o restante precisa ser vendido para outros mercados, existe a necessidade de expandir a área de atuação, de acordo com o diretor. A campanha terá duas fases. Uma mais institucional e a segunda com apelo emocional, em que o consumidor será o foco principal.

O trabalho de divulgação se desdobrará nos meios on-line, com duração de seis meses, e rádio, televisão, jornais, revistas outdoors entre outros, durante nove meses. Os anúncios objetivam destacar o cuidado, a sanidade, bem-estar e o processo de qualificação adotado em todas as etapas da produção, com informações que incentivam o aumento no consumo de leite e derivados.

Segundo números do levantamento socioeconômico feito no primeiro semestre de 2015 pelo IGL, Emater, Fetraf, Famurs e Fetag, a atividade agrange 198 mil produtores, dos quais cem mil comercializam o produto. Existem 250 fábricas. O setor é responsável por 9% do PIB gaúcho.

Plano estratégico

Outro projeto em andamento é da elaboração de um plano estratégico do leite em uma parceria entre o IGL e o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP). “Servirá como referência para a criação de políticas privadas e públicas do setor, com visão de médio e longo prazo”, destaca Piccinini.

Segundo o secretário-executivo do PGQP, Luiz Ildebrando Pierry, a importância social do leite demanda uma profissionalização. As bases do plano estratégico serão lançadas na realização de um primeiro seminário, previsto para abril, com a participação de 50 líderes entre os associados do IGL – um total de 35 entidades.

Os parceiros usarão como ponto de partida as discussões do Censo Socioeconômico do Leite. Na sequência, em maio, serão realizadas duas imersões, das quais sairá o planejamento estratégico com fatores internos – de produção, comercialização, distribuição – e externos – com foco nas variáveis política, econômica entre outras.

A Fundação de Economia e Estatística (FEE), que se associa ao instituto em abril, elaborará estudos em conjunto sobre a cadeia produtiva do leite e de produtos lácteos. A proposta da parceria já envolve três produtos em análise: criação de um programa de incentivo à exportação de leite, o Exporta Leite, elaboração de um relatório trimestral sobre o desempenho econômico do setor e realização de estudos mais aprofundados sobre o setor.

Parceria com MP

O projeto foi apresentado ao procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles. Ele enfatizou que o Ministério Público está empenhado em fiscalizar e denunciar os responsáveis pelas fraudes. “Essa fiscalização representa uma vantagem competitiva”, salienta Heineck.

O promotor Mauro Rockenbach, um dos responsáveis pelas investigações nas operações Leite Compen$ado, afirmou a necessidade de se extirpar de vez a prática da fraude.

Para isso, entende que ajudaria muito que se fizesse um grande Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a indústria do leite, que supriria eventuais lacunas legais. O TAC, neste caso, produziria o compromisso das indústrias de adequar sua conduta às exigências da lei, mediante cominações, que têm o caráter de título executivo.

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