“Sonho com um projeto de futebol que seja referência no estado e no Brasil”

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“Sonho com um projeto de futebol que seja referência no estado e no Brasil”

Com passagem por clubes como Grêmio e Internacional, além da seleção brasileira, Alexandre Sebben, de Lajeado, coordena projeto para formar jovens atletas

“Sonho com um projeto de futebol que seja referência no estado e no Brasil”

Em 2007, Alexandre Sebben ganhou as páginas dos principais sites esportivos do Brasil ao assumir o comando das categorias de base da seleção brasileira.

No período à frente da amarelinha, ajudou a formar talentos como Neymar, Douglas Costa e Alisson. Sebben iniciou a carreira como observador e auxiliar técnico no Lajeadense em 1995.

Passados 21 anos, retorna ao município com o projeto de qualificar atletas do Vale do Taquari. “Em todos os clubes que trabalhei, tentei dar o meu melhor. Meu aprendizado nessas grandes equipes e na seleção brasileira vai nortear meu trabalho no Lajeadense, onde sonho com um projeto de futebol que seja referência no estado e no Brasil.”

Hoje, ele trabalha com 300 crianças, que treinam no Lajeadense, e também com a Sebben Assessoria Esportiva que atua com núcleos de treinamentos no bairro Conventos, na Soges, em Estrela, e em Cruzeiro do Sul. Nas próximas semanas, serão abertos outros núcleos.

Com o projeto em conjunto com o Lajeadense, Sebben diz que conseguirá captar e desenvolver os atletas que no futuro integrarão a categoria profissional do Alviazul ou de clubes como Grêmio e Internacional.

Carreira

Sebben começou a carreira de observador e auxiliar técnico em 1995 no Lajeadense. Depois, atuou em equipes como Juventude, Fluminense, Grêmio, Internacional e Paraná Clube. Também trabalhou na CBF como treinador e coordenador na primeira passagem de Dunga pela seleção.

“O 7 a 1 que tomamos da Alemanha não é culpa daquele time…”

Há 21 anos trabalhando com formação de atletas, Alexandre Sebben relata as dificuldades durante a carreira e fala dos projetos futuros.

Jornal A Hora – Esperava chegar onde chegou?
Alexandre Sebben – Esperava que isso fosse acontecer. Quando fui para o Juventude em 2000, em um retorno a Lajeado, fui jantar com um amigo e uma pessoa que escutou nossa conversa pediu licença para falar comigo. Não lembro mais o nome, mas me disse que tinha uma áurea muito iluminada e que chegaria na seleção brasileira de novos. A partir disso, comecei a perseguir a seleção. Até que um dia conheci o Fernando Otto, que me apresentou o Dunga e me ajudou a chegar à amarelinha.

Qual a maior dificuldade na carreira?
Sebben – Financeira. Os clubes não remuneram bem os profissionais. Toda vez que quis dar um passo à frente profissionalmente, tive que dar três, quatro para trás financeiramente, mas sempre olhei para a oportunidade, para o crescimento profissional e não para o lado financeiro. Isso é uma briga que tenho com todos atletas com quem trabalho, pois eles pensam primeiro quanto vou ganhar, não onde estou e posso chegar.

Como funciona o projeto em Lajeado?
Sebben – Estou buscando a profissionalização das escolas de futebol da região para fazer nossos atletas evoluírem. Temos muitos problema no Brasil. O 7 a 1 que tomamos da Alemanha não é culpa daquele time que estava em campo. A culpa é nossa, pois não fizemos um trabalho profissional. Nosso trabalho de categorias de base deixa muito a desejar, pois ele visa resultado. Hoje os times têm que ganhar o jogo, tem que ganhar o campeonato. O treinador da sub-10 tem que ser campeão, porque ele quer subir de categoria e, subindo de categoria, vai aumento, mais visibilidade, o que na verdade tinha que ser inverso, pois é lá embaixo que se ensina o fundamento para as crianças e depois vamos só aperfeiçoando nas categorias maiores.

Como foi voltar ao Florestal?
Sebben – É inexplicável, me deu um choque quando entrei, porque nunca mais tinha entrado lá. Tenho minha história dentro do Lajeadense, meu pai tem a história dentro do clube, dentro do Florestal. Dá uma alegria muito grande, além de ter trabalhado ali, eu ia a pé olhar os jogos do clube, que estavam sempre lotados. Está ficando muito bonito o lugar, o campo precisa de melhorias, o entorno também, aquilo será um centro de treinamento de ponta.

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