A colisão entre quatro carros no bairro Boa União, na RSC-453 (Rota do Sol) em 27 de fevereiro, retoma a discussão sobre melhorias na entrada do Loteamento Popular.
O motorista Vitorino Alves estava com a filha e tentava ingressar no loteamento, quando obstruiu a frente de um Golf de Westfália. Com o impacto, o Golf foi jogado para o lado e bateu em dois veículos.
“Por sorte só deu danos materiais. Ninguém se feriu gravemente,” destaca a mulher de Vitorino, Beloni de Oliveira Alves. Para ela, a falta de sinalização e precariedade do acesso facilitaram a colisão. “Tem que ser feito algo. Todas as semanas acontece acidente lá.”
As críticas são reforçadas por Erio Scheibe, um dos primeiros moradores do loteamento. Ele se recorda de duas mortes que aconteceram no local. “Lá sempre foi perigoso.”Na segunda-feira, o assunto chegou à câmara de vereadores.
Ernani de Castro (PMDB) apresentou um requerimento pedindo instalação de placas, redutores de velocidade ou alargamento da pista. O documento será encaminhado à Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
“Vamos esperar a resposta da EGR, para em cima disso tomarmos outras medidas. Talvez até uma visita à autarquia,” destaca Castro. O A Hora entrou em contato com a assessoria de imprensa da EGR, mas não obteve retorno.
Manifestação
Cerca de mil pessoas residem no Loteamento Popular. Na metade dos anos 2000, elas realizaram um protesto cobrando mais segurança na entrada pela Rota do Sol. Na época, paralisaram o trânsito na rodovia por cerca de 30 minutos. Uma rótula foi instalada após a manifestação.
Uma das organizadoras, Marceli Gerhard acredita que a melhoria é insuficiente. “Não há nenhuma placa dizendo que aqui é um local perigoso”, argumenta. Conforme ela, os moradores cogitam fazer um novo protesto caso não sejam tomadas providências nas próximas semanas.
Último acidente aconteceu no dia 27 de fevereiro e resultou danos materiais
