Com o tema “Negócios que inspiram o amanhã”, a feira consolida-se como palco dos grandes lançamentos do ano no setor agrícola e também confirma a sua posição como a feira mais internacionalizada do Brasil. Na edição passada, recebeu 230 mil visitantes de 70 países. Na ocasião, foram fechados R$ 2.182 bilhões em negócios.
Otimismo. Para o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, esse é o sentimento da equipe organizadora. Segundo ele, a confirmação de boas safras de milho e soja fará da Expodireto Cotrijal um diferencial para o agronegócio brasileiro. “Num momento onde só se fala em crise, a Cotrijal vai atrás de novas oportunidades para negócios e de inovação tecnológica.”
A Hora – O que podemos esperar da feira nesta edição?
Nei Mânica – Num momento em só se fala em crise, a Cotrijal vai atrás de novas oportunidades para negócios e de inovação tecnológica. Se repetirmos os resultados de 2015, ficaremos bastante satisfeitos. Acredito que a presença das maiores montadoras na feira deve fazer toda a diferença neste ano. A exposição chega renovada e em busca de soluções para o nosso produtor. Teremos fóruns, eventos, lançamentos nas áreas de máquinas, produção vegetal e animal e os outros espaços privilegiados com tecnologias e oportunidades de negócios.
Qual o diferencial do uso de tecnologias nas lavouras?
Mânica – O uso de tecnologias somado à assistência tem contribuído para recordes nas lavouras atendidas pela cooperativa. Na soja, em 15 anos, tivemos um crescimento de produtividade de 40% em relação ao estado. Na safra 2014/15, na soja, a média dos produtores da cooperativa chegou a 66,7 sacas/hectare, enquanto que no RS foi de 48,5 sacas. No milho, os resultados são ainda melhores. O produtor da Cotrijal colhe 50% a mais do que os demais. É fruto de um trabalho constante da assistência e tecnologia. É inegável também a contribuição da genética nos ganhos de produtividade dos últimos anos e a semente é o principal vetor de transferência de tecnologia ao produtor. Precisamos viabilizar um círculo virtuoso, onde a pesquisa lança novas cultivares, os multiplicadores as fornecem com alta qualidade, gerando mais produtividade para o agricultor, e esse, ao adquirir as sementes, remunera os investimentos necessários em pesquisa.
Qual é o segredo do sucesso?
Mânica – A confiança e a fidelidade dos associados e o empenho do quadro funcional. Isso resultou em um faturamento recorde em 2015, cujo valor chegou a R$ 1,351 bilhão. Esse excelente resultado é fruto da força do conjunto. O valor é 30,33% maior do que o de 2014. Já as sobras líquidas colocadas à disposição da assembleia chegaram a R$ 10,895 milhões, mais que o dobro do anterior. Quem está bem preparado consegue se manter ileso ou até crescer em meio à turbulência. O lado bom desses períodos de ajuste é que acabamos revendo nosso negócio e buscando ser mais eficientes e eficazes.
Considerações finais
O ano apresenta-se mais desafiador do que 2015 e é momento de gerir melhor os custos. A melhoria no processo de gestão deve ser uma das metas principais da cooperativa, junto com a busca pelo aumento da participação no mercado na sua área de ação e o investimento no sistema de armazenagem e certificações. A Cotrijal, como uma cooperativa que gera soluções para o seu produtor, entende que o desenvolvimento depende de aprimoramento constante, do investimento em pesquisa, extensão, defesa agropecuária, melhorias no crédito e no seguro rural. Em 2016, continuaremos investindo também na qualificação de nossos associados e colaboradores para que todos juntos possamos crescer.
Entrevista feita por telefone
Cotrijal
Sede: Não-Me-Toque
Fundação: 14 de setembro de 1957, por 11 agricultores da Associação Rural
Objetivo: melhorar as condições de venda, armazenagem, escala de negócios e competitividade no mercado, principalmente, na produção de trigo, a principal cultura da época.
Atuação: 18 municípios, com 38 unidades de recebimento de grãos (soja, milho, trigo, cevada e canola). Atua nas áreas de produção leiteira, tem fábrica de rações, Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) e de varejo (16 lojas, oito supermercados e um atacado).
Faturamento: R$ 1,351 bilhão em 2015
Associados: 5,8 mil