Câmara aprova 6% de reajuste para servidores e agentes públicos

Cruzeiro do Sul

Câmara aprova 6% de reajuste para servidores e agentes públicos

Índice foi considerado baixo. Executivo alega dificuldade financeira

Câmara aprova 6% de reajuste para servidores e agentes públicos
Vale do Taquari

Os vencimentos do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores seguirão o reajuste de 6%, repassado aos servidores do município em fevereiro.

A proposta foi aprovada nessa quarta-feira, 2, e também beneficia assessores do Legislativo. Além do índice, eles tiveram o vale-refeição fixado em R$ 339,20.

A proposta de 6% de reajuste para agentes políticos e funcionalismo foi considerada baixa pelos parlamentares. A medida para os servidores havia sido debatida em reunião extraordinária do Legislativo no fim do mês. Na época, a definição do índice foi justificada pela falta de recursos públicos no município e o projeto foi votado em regime de urgência. Uma das críticas dos parlamentares foi a falta de falta de detalhes sobre a situação orçamentária.

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Segundo a presidente da câmara, Anastácia Zart (PT), os projetos de atualização dos rendimentos precisavam ter sido melhor debatidos antes de serem encaminhados para votação. “Fomos pegos de surpresa, pois nem conseguimos reunir eles para conversar.”

Assim como ela, João Dullius (PMDB) questionou o valor oferecido em comparação com o aumento de 10% do Cheque Adubo, também aprovado durante a sessão. O parlamentar criticou as justificativas com pareceres contraditórios sobre orçamento previsto para ano. “Isso significa que, agora, temos dinheiro? Poderia ter sido dado pelo menos uns 9%. É muito abaixo da inflação.”

Já Lovani Weiand (PP) ressaltou a possibilidade de conceder reajuste, mesmo com um valor considerado abaixo do ideal. Segundo ela, a medida demonstra planejamento orçamentário.

Para a vereadora Gelcy de Borba (PDT), o reajuste fornecido para os agricultores também ficou abaixo do esperado. Salientou o aumento dos custos das atividades produtivas e a importância do setor primário para o município.

Proposta cautelosa

Segundo o secretário de Administração e Finanças, Leandro Johner, a proposta de reajuste considerou a projeção de orçamento para o ano e segue sugestões feitas durante reuniões do G8. Um índice maior, de 7,5% havia sido cogitado antes de outubro, mas foi reduzido após queda nos repasses no período. “O ano tem indicativo de ser tão ruim ou pior que o ano passado em arrecadação. É uma questão de prudência.”

Hoje a folha salarial exige aplicação de 45,7% do orçamento do município. São 330 servidores, entre ativos e inativos, segundo Johner. De acordo com o secretário, a diferença entre o PIB projetado e efetivado em 2015 indica as dificuldades do município. No ano passado, dos R$ 28,6 milhões previstos, o município fechou com R$ 27 milhões de arrecadação. Para 2016, as estimativas apontam R$ 29 milhões.

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