Voluntários socorrem cadela torturada

Lajeado

Voluntários socorrem cadela torturada

Animal estava com as patas presas em um gancho em uma parada no Conservas

Voluntários socorrem cadela torturada
Lajeado
oktober-2024

Um caso de maus-tratos a uma cadela mobilizou protetores de animais nesse domingo. Por volta das 11h, voluntários da Associação Protetores dos Animais do Vale do Taquari (Aapavat) receberam uma ligação anônima informando sobre o abandono do animal em uma parada de ônibus no bairro Conservas.

De acordo com uma das representantes da ONG, moradores próximos de onde a fêmea foi deixada disseram que o animal não conseguia se mexer e chorava muito. A cadela estava com as duas patas do lado direito presas por um objeto parecido com um gancho.

Segundo a integrante da Aapavat, vizinhos relataram ter ouvido latidos e gemidos, desde a noite de sábado. Em contraponto, indica, ninguém soube apontar os autores da agressão ou do abandono. Os bombeiros foram chamados. Devido à gravidade dos ferimentos e ao nervosismo do animal, foi necessário que quatro homens ajudassem a cortar o objeto que mantinha as duas patas coladas. “Enquanto eles não chegavam, ela gritava muito”, comenta.

Após a retirada do objeto, a cadela foi levada pelos voluntários até um veterinário, parceiro da Aapavat, e medicada. Em seguida, ela foi encaminhada a um lar temporário. Conforme a representante da ONG, os ferimentos não foram profundos, nem devem causar sequelas físicas, mas o trauma é notável. “Ela é muito dócil, mas se assusta quando uma pessoa chega perto, imagina o quanto sofreu”, lamenta.

Perplexidade

De acordo com a voluntária da Aapavat, quando recebeu a ligação dando conta do ocorrido, ela não entendeu o que havia acontecido. Ao chegar na parada de ônibus, ela viu o animal embaixo do banco e notou que ele não se mexia. “Me disseram que ela estava com as patas grudadas, mas não imaginava alguém fazendo uma coisa dessas”, pondera.

Ao observar mais de perto, ela percebeu que as patas direitas estavam presas, e que a cadela sentia muita dor. Percebendo a complexidade do caso, ela recorreu aos bombeiros, que já haviam ajudado em outros resgates. “Eu não entendo como fizeram aquilo, muito menos como alguém pôde ter coragem”, lamenta.

Caridade

Conforme a Aapavat, um doador se ofereceu para pagar pelas despesas com o tratamento, mas preferiu permanecer anônimo. O caso repercutiu nas redes sociais rendendo centenas de curtidas, compartilhamentos e depoimentos perplexos.

Segundo a voluntária, algumas pessoas já se ofereceram para adotar o animal. Mas ainda é preciso averiguar se não há um proprietário ou tutor responsável, e se houve negligência. “Se ela tem um dono duvido que ele tenha feito isso, mas muita coisa acontece com bichos que andam soltos pela rua”, diz.

A ONG

A Aapavat atua por meio do sistema de lares provisórios. Hoje, mais de 150 animais, entre cães e gatos, aguardam pela adoção. Conforme os representantes da ONG, as despesas, que já são altas em condições ideais, ficam ainda maiores considerando que alguns animais são recolhidos muito debilitados e exigem tratamento intensivo.

A entidade se mantém por meio de doações e da realização de eventos para angariar fundos. As maiores carências são de ração, casinhas, cuidados veterinários, medicamentos e pessoas dispostas a cuidar temporariamente dos bichos.

No próximo domingo, 6 de março, a associação organiza mais uma edição do Brechó Solidário. A ação ocorre no Parque Professor Theobaldo Dick, das 10h às 18h. O valor arrecadado será usado para castrações. Quem quiser ajudar pode contatar por meio da página www.facebook.com/Aapavatanimal

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