As postagens de um taxista no facebook geraram incomodo para alguns vereadores. Na segunda-feira, Edson Amaral Silveira publicou críticas sobre a quantidade de diárias pagas pela câmara. A construção do novo prédio para o Legislativo também foi alvo do motorista. No dia seguinte, afirma Silveira, o vereador Hélio Brandão (PDT) ligou às 22 horas, exigindo respeito aos agentes políticos. A conversa durou 15 minutos. “Ele tentou me intimidar).
Segundo o taxista, as publicações não foram ofensivas e apenas despertam a reflexão na comunidade. A liberdade de expressão em qualquer ambiente é o argumento de defesa. Com medo de mais represálias, buscará apoio jurídico e pretende processar o vereador pelo crime de ameaça. Além de Silveira, outras três pessoas alegaram ter recebido ligações de vereadores. O tom das conversas é caracterizado como intimidador. “As pessoas estão enxergando os problemas. Precisamos mudar”.
Hélio Brandão nega ter intimidado o eleitor, mas admite ter feito a ligação. “Fiz isso pois ele tentava manchar a imagem dos vereadores”. Segundo ele, as críticas são aceitas, mas devem ser feitas com educação. Agora, Brandão estuda ingresso judicial por danos morais contra o taxista. A medida deve “acalmar os ânimos”, acredita.
Jurídico avalia ingresso judicial
Dois vereadores se sentiram lesados com os ataques oriundas da internet e solicitaram avaliação da assessoria jurídica da câmara. Conforme advogado Fábio Gisch, os documentos que comprovem ofensa devem ser reunidos e analisados. Caso o fato seja constatado, a mesa diretora pode autorizar ajuizamento do processo. “Devemos ser técnicos para analisar em conjunto”.
A assessoria só encaminhará o processo em caso de agressão à imagem do Legislativo. Os fatos que configuram crime pessoal, envolvendo apenas vereador e eleitor, devem ser resolvidos a parte, sem o envolvimento da câmara.
Rede social vira campo de batalha
Durante o mês de fevereiro, um perfil no nome de Jefferson Costa, supervisor da fábrica de calçados Picadilly foi criado no facebook. As publicações eram críticas políticas diretas contra Emílson Eloir Costa, conhecido como Tafú e Aline Röhrig Kohl, ambos servidores públicos da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer. Os apontamentos são quanto aos salários e desempenho de atividades. Conforme publicações, ambos consomem R$ 200 mil por ano do poder público.
Aline conversou via internet com o administrador do perfil que alegou insatisfação quanto aos serviços prestados. “O perfil parecia ser de um munícipe. Não entendi o ataque”.
Marcos Quadros (PSDB), também é mencionado em algumas publicações como “vereador barata” e “vereador mosquito”. As expressões mencionam os pleitos de Quadros sobre infestações no bairro Canabarro. Na segunda-feira, descobriram que a foto utilizada no perfil era do vereador Moisés Coelho, de Balsas, no Maranhão. O perfil criado era falso e foi excluído após a denúncia pública na rede social. O fato pode se enquadrar em falsidade ideológica.
Quadros irá registras boletim de ocorrência da Delegacia de Polícia Civil e aguardará retorno do advogado da família para análise do caso. “Isso não pode ocorrer. A pessoa é política e usa de baixaria para atacar opositores”.
