Incertezas aumentam  preferência por embalagens econômicas

Vale do Taquari

Incertezas aumentam preferência por embalagens econômicas

Venda cresceu em até 60% nos supermercados

Incertezas aumentam  preferência por embalagens econômicas
Vale do Taquari

A compra de alimentos industrializados, itens de higiene e de limpeza demanda cada vez mais análise por parte dos consumidores. De acordo com pesquisa da consultoria Nielsen, a crise motiva o crescimento de até 60% na procura por embalagens econômicas, aquelas em que o cliente paga menos por levar maior ou menor quantidade da mercadoria.

Segundo o levantamento, realizado em 4,5 mil estabelecimentos do país, nas 20 categorias mais importantes em faturamento nos supermercados, como cerveja, leite, refrigerante e achocolatado, a importância das embalagens econômicas maiores nas vendas cresceu em 60%. Em tais itens, o consumidor paga mais em um primeiro momento, mas o valor unitário do produto é menor.

Em relação às embalagens menores, nas quais o consumidor gasta menos na hora da compra e adquire quantidade reduzida, as vendas cresceram em 40%. A venda daqueles produtos considerados intermediários sofreu desaceleração. Moradora do bairro Hidráulica, de Lajeado, Nilse Companhoni, 57, compra apenas embalagens econômicas desde o ano passado.

Cada vez que vai ao supermercado, busca produtos que ofertem tal vantagem. Entre os itens da lista, cita o papel higiênico. “Sempre olho aquelas embalagens em que diz, pague 12 e leve 11.” Outro exemplo, o refrigerante. “Compro sempre em fardos ou então aqueles litrões, porque acaba saindo mais barato.”

A aposentada Maria de Castro Conceição, 69, de Estrela, se vale da mesma tática para gastar menos no supermercado. Entre os produtos que compra apenas em embalagens maiores, está o achocolatado. “É melhor levar o saco de 800g do que o pote.” De acordo com ela, a economia chega a 10% por comparar o valor em proporção ao volume do produto.

Saiba mais

Um dos produtos listados pela consultoria é o iogurte. Naqueles com embalagens de até 360 gramas, que representam 3% das vendas em volume em 2014, a participação subiu para 5,4% no ano passado. No mesmo período, nos embalados em mais de um quilo, o percentual subiu de 4,3% para 5,8%. Os intermediários (entre 361 gramas e um quilo) perderam quase dois pontos e meio, apesar de continuarem como os preferidos.

Situação parecida ocorreu, de acordo com a pesquisa, com a venda de sucos prontos, água mineral, amaciante de roupas, biscoitos, entre outros. Segundo a consultoria, tal variação deve continuar crescendo nos próximos meses.

Venda por marca

Além das embalagens econômicas, a consultoria constatou aumento nas vendas de marcas mais baratas e mais caras, como ocorre no caso do azeite. A fatia de participação daquelas com menor preço, de 26,6% em 2014, subiu para 28,5% no fim do ano passado. No caso daquelas de maior valor, passou de 33,5% para 44,6%. As intermediárias baixaram de 39,8% para 26,9%.

A aposentada Regina da Gama Silva, 69, moradora do Americano, de Lajeado, opta por comprar pela marca no caso dos produtos de limpeza. Mas para isso calcula o valor e o volume e compara com outras marcas. “Eu compro aqueles vasilhames maiores, assim, acabo levando um produto melhor com um bom preço.”

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