Helmet Rock resgata vertente musical

Teutônia

Helmet Rock resgata vertente musical

Festival surgiu da necessidade de espaço para o estilo musical e reuniu dez bandas

Helmet Rock resgata vertente musical
Teutônia
oktober-2024

Em busca de espaço e destaque, músicos e apreciadores das vertentes do rock and roll se reuniram no sábado. O encontro na Associação da Elegê promoveu shows com dez bandas do estado. O Helmet Rock teve a chuva como empecilho, mas deu a prévia de um novo legado. A atividade surgiu da necessidade de lugares para integração dos roqueiros e atraiu 150 pessoas.

A proposta do evento era confraternizar. Motociclistas foram convidados, mas a instabilidade meteorológica afastou os aventureiros. No entanto, os shows ocorreram debaixo de lonão. Rogério Masson idealizou o festival com intuito de investir menos, fazer ingresso barato e reiniciar um projeto esquecido. O único apoiador foi o Engenho Quatro Ventos.

Para Douglas Baugratz, 24, o evento supriu as expectativas. A estrutura de equipamento e palco atendeu a demanda com qualidade. A sugestão para as próximas edições é investir na divulgação antecipada via internet.

Baugratz começou a apreciar o rock com 7 anos. A forma de expressão que o estilo permite inspirou o jovem. A música também ajuda a enfrentar momentos difíceis, diz.

Para ele, a vestimenta e o estilo de vida noturno são conceitos ultrapassados e superficiais quanto à real mensagem do rock/metal.

Entre as bandas que mais escuta, Cattle Decapitation, Katatonia e Day To Remember se destacam. Para ele, as três evocam a reflexão de atitudes em sociedade, oscilações emocionais e conceitos sobre amizades. “Para cada ser humano existe aquela banda que se adequa melhor. A vida é feita de fases e a cada momento buscamos inspiração em algo.”

Falta de verba inspira criatividade

O Helmet Rock foi inspirado em antigo evento voltado a motociclistas e roqueiros. O Teutomoto era realizado pelo clube Borrachudos. Durante sete anos, contavam com o apoio financeiro da administração municipal. Os recursos eram aplicados na contratação de seguranças, bandas, apresentações de manobras de motocicleta. Estandes para venda de artigos diversos atraíam a comunidade.

Com o corte no repasse de valores e a falta de mão de obra, o grupo abandonou a atividade. No último Teutomoto, Nelson Luís Scherner, 43, presidia o grupo que organizava o evento. Para os três dias de festa, o custo variava entre R$ 35 e R$ 50 mil.

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