Moradores cobram retomada de obra

Cruzeiro do Sul

Moradores cobram retomada de obra

Pavimentação da rua Silvestre Aloísio Siebenborn foi interrompida no fim de 2015

Moradores cobram retomada de obra
Vale do Taquari
oktober-2024

A demora para concluir a pavimentação da rua Silvestre Aloísio Siebenborn, no bairro Glucostarck, tem sido alvo de críticas de moradores. A principal delas é a piora nas condições da via, com a instalação de canos e falta de valetas. Em alguns casos, os desníveis impedem o acesso de veículos às residências.

Relatos indicam a paralisação dos serviços nos últimos meses de 2015. Desde o início dos trabalhos, o local recebeu a instalação de bueiros e tubulação. Com casa na rua faz oito anos, Júlio Talamini, 44, convive com o excesso de poeira.

A via, afirma, é uma ligação importante entre o bairro e outros pontos do município e as condições geram risco a motoristas e moradores. Sem o andamento da obra, os problemas para quem vive no local aumentaram segundo ele. “Desde outubro não teve mais ninguém aqui. Seria uma passagem muito boa, mas como está não tem condições.”

Com os desníveis gerados pela instalação da tubulação e falta de caimento na pista, é comum a água invadir pátios durante chuvas mais intensas. Um dos casos mais graves aconteceu na casa de Loreni Portiliotti, 38. Em outubro, a família acordou durante a madrugada com o pátio e garagem sendo invadidos pelo material vindo da rua. Na época, meio metro de lama se acumulou no local. A máquina de lavar ficou molhada e o carro precisou ser retirado com uso de uma máquina.

Há cinco anos no local, Loreni demonstra receio com a situação. De acordo com ela, apesar do apoio fornecido pelo poder público após o incidente, o estado da rua prejudica os moradores e usuários. “É um abandono, ninguém mais apareceu aqui, nem disse mais nada”. Até o fechamento desta edição, o Executivo não havia se pronunciado sobre a situação.

Situação de risco

Alexandre de Vargas, 38, precisa dirigir pela rua todos os dias. Prestador de serviços e com familiares no local, ele confirma a precariedade da via. De acordo com ele, com chuvas, a via fica intransitável e por isso a pavimentação seria uma boa alternativa. Com a situação, muitos motoristas utilizam outros acessos do bairro. Com iluminação deficiente, o risco de assaltos é constante. “Meu cunhado já foi assaltado usando uma delas. Renderam ele com um revólver e levaram a caminhonete.”

Outra vítima foi Joel da Silva, 50. No recolhimento materiais reciclados nas proximidades, chega usar a rua mais de cinco vezes ao dia. No retorno de cada viagem, carrega mais de 50 quilos nas costas. Em pelo menos duas vezes, ele caiu. Com o risco, evita usar a charrete para trabalhar em outros bairros. Nela, chega a transportar cem quilos.

Relembre

O serviço de pavimentação tem investimento estimado em R$ 323,8 mil. O projeto prevê 2,4 mil metros quadrados de calçamento, além de 1,6 mil metros quadrados de calçada de passeio e a rede de água pluvial.

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