Representantes da ALM Engenharia e da Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas) visitaram as obras dos complexos habitacionais Novo Tempo 1 e 2.
A atividade de ontem, 11, serviu para atualizar representantes do poder público do andamento da obra, com conclusão prevista para o segundo semestre.
Este é o terceiro prazo estimado para a obra no bairro Santo Antônio. Por contrato, os 448 apartamentos deveriam ter sido entregues em julho do ano passado. Em novembro, os serviços estavam 71% concluídos, como publicado em A Hora, e os diretores da construtora estimavam finalizar os serviços até outubro deste ano. Do total de contemplados, 25 precisaram ser substituídos por inconformidades de documentação.
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Segundo a secretária da Sthas, Ana Heckziegel, as obras estão cerca de 10% atrasadas. Apesar do panorama, afirma estar otimista quanto ao prazo. Ressalta o andamento das atividades do projeto técnico social, em que as famílias beneficiadas com a habitação recebem treinamentos para se adaptarem ao local.
O processo é tido como essencial para reduzir atritos após a mudança dos novos moradores. De acordo com a assistente social, Bárbara Weber, com histórico de convivência em locais com pátio pode influenciar na adaptação das famílias.
Na avaliação de Bárbara, a construção deve motivar o desenvolvimento do entorno, com a criação de pontos de comércio e serviços, além de serviços públicos nas proximidades. Logo após a mudança, os moradores devem continuar sendo atendidos pelos serviços públicos dos bairros de origem.
O projeto de adaptação foi desenvolvido pela empresa Acordar Treinamentos, sediada em São Miguel do Oeste (SC), e custou R$ 378 mil. Integrantes da equipe e da assistência social devem acompanhar, durante um ano, a rotina dos moradores. Ao todo dez pessoas devem integrar o processo.
Otimismo para conclusão
O diretor da construtora, Luiz Assmann, contabiliza cerca de 800 habitações similares em Venâncio Aires. Algumas serão visitados hoje pelo grupo. Pelas estimativas de Assmann, hoje, os serviços no local estão 75% concluídos, apesar de atrasos com a execução.
Os problemas com o prazo, afirma, são decorrentes de processos burocráticos na liberação dos recursos. Outro agravante, segundo ele, foi o excesso de chuvas durante o ano passado. Segundo Assmann, para atender o prazo da obra lajeadense, a companhia atua com cerca de 60 funcionários no local. “Quanto mais ágil for a conclusão, melhor. De modo geral, agora, as coisas estão caminhando bem.”
Além da exigência maior de prazo, salienta a elevação dos custos da obra no período. Sem poder alterar os valores orçados no início da construção, estima uma defasagem de 20% no custo do projeto. Atribui o encarecimento às variações nas cotações de materiais utilizados na obra, assim como custos de operação.
Estimada em R$ 23 milhões, a obra começou em janeiro de 2014. Ao todo serão 28 prédios, e um total de 448 apartamentos construídos pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
Desde o início da construção, o canteiro de obras é alvo de furtos, como o ataque ocorrido em julho. Na época, o prejuízo chegou a cerca de R$ 60 mil, com estruturas de andaime, peças metálicas, guias de madeira, janelas e 150 metros de piso cerâmico. Os ladrões levaram baldes de selador, tintas e sacos de massa niveladora.
Sthas acredita que os condomínios trarão desenvolvimento aos bairros
