Legislativo endossa benefício público para complexo industrial

Arroio do Meio

Legislativo endossa benefício público para complexo industrial

Dália investirá R$ 80 milhões para instalar abatedouro de frangos

Legislativo endossa benefício público para complexo industrial
Arroio do Meio
oktober-2024

A contrapartida do município para viabilizar a construção do novo complexo industrial da Cosuel/Dália foi autorizada pelo Legislativo. A decisão ocorreu ontem, em sessão extraordinária, e permite o investimento de R$ 2,2 milhões por parte do Executivo.

Os vereadores aprovaram a proposta por unanimidade. Desse total, R$ 1,5 milhão será empregado na aquisição de um terreno com até cinco hectares. Os outros R$ 700 mil serão usados para a contratação dos serviços de terraplanagem.

A partir de agora, a cooperativa ingressará com propostas de financiamento junto ao BRDE e o BNDES para viabilizar as obras. A projeção é investir R$ 80 milhões na estrutura, que incluirá um abatedouro de aves, uma fábrica de ração e uma fábrica de farinha.

Se todos os trâmites seguirem o tempo previsto, as obras devem começar no início de 2017. A expectativa é de concluir a primeira fase do complexo em três anos. Nessa etapa, a projeção de faturamento anual chega a R$ 128,8 milhões ao ano, somente no abatedouro. Na fábrica de rações, a previsão alcança R$ 61,8 milhões e na de farinha, R$ 12,3 milhões.

A pretensão da Dália é ampliar a estrutura e dobrar o número de abates na segunda fase do projeto, alcançando um faturamento total de R$ 331,7 milhões ao ano. A capacidade total de produção é estimada 2,2 milhões de frangos por mês. Depois de pronto, o complexo deve gerar 540 postos de trabalho.

Disputa acirrada

Arroio do Meio superou diversos municípios interessados em abrigar o abatedouro. Além de Venâncio Aires, Estrela e Cachoeira do Sul, cidades do Paraná e de São Paulo entraram na disputa pelo complexo industrial. O relacionamento histórico com o município e a disponibilidade de áreas adequadas aos anseios da empresa favoreceram a decisão.

Conforme a Cosuel, apesar dos problemas de logística e as desvantagens fiscais do RS, a escolha de manter as operações em solo gaúcho ocorreu devido à natureza cooperativa da indústria.

Conforme o superintendente da Dália, Carlos Alberto de Figueiredo Freias, se a indústria fosse uma Sociedade Anônima, a melhor opção seria transferir as operações para outros estados. “O agronegócio gaúcho perde em competitividade em relação aos demais.”

Produção centralizada

A Dália inicia amanhã as tratativas com os associados para desenvolver o projeto América Sociedade Agrícola (ASA). A intenção é centralizar a produção com a criação de 14 granjas, em investimento de R$ 42 milhões.

A proposta inclui a criação de seis granjas matrizeiras, duas para recria e quatro de produção, além de oito para frangos de corte que totalizam dez aviários com capacidade para 25 mil frangos em cada.

O empreendimento terá entre 200 e 300 sócios e deve reduzir os custos de logística. Conforme Freitas, no sistema convencional, cada produtor tem o seu aviário, resultando em grandes distâncias para o transporte dos animais, insumos ou da assistência técnica.

“Um projeto associativo com menor número de granjas, mas concentradas, consegue ganhar competitividade”, ressalta. Após a conclusão da segunda fase do complexo industrial, a expectativa é dobrar a produção do ASA ou criar uma nova sociedade nos mesmos moldes.

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