Agricultores aguardam Moradia Rural

Teutônia

Agricultores aguardam Moradia Rural

Subsídio de R$ 28 mil foi suspenso e ameaça financiamento para cem produtores

Agricultores aguardam Moradia Rural
Teutônia

Agricultores aguardam resposta da Caixa Econômica Federal para construir ou reformar moradias. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com extensão de base em Westfália, encaminhou cem pedidos no início de 2015 pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. Devido ao corte de recursos do governo, todos estão arquivados e sem prazo para retomada.

O agricultor de Linha Germano, Ilo Wermeier, 44, foi beneficiado na última remessa do programa no ano passado. O imóvel de 60 metros quadrados custou R$ 50 mil, contando com o subsídio. A maior dificuldade de conseguir o financiamento foi reunir a documentação. Todos os impostos e talões de produtor deveriam estar em dia. Para orientação, Ilo contou com o apoio do STR. “Se eu fosse construir em outros tempos, nem conseguiria”.

Na propriedade, cultiva milho, aipim, batata-doce e verduras para consumo próprio. Além disso, cuida de 20 gados para venda da carne. Durante os períodos de folga, oferta mão de obra para os vizinhos. A moradia nova e com detalhes como churrasqueira orgulham o agricultor. “É algo muito bom, pena que os novos terão dificuldade de conseguir financiar.”

Imóvel gera qualidade de vida

Para a presidente do STR, Liane Brackmann, a iniciativa do governo federal elevou a autoestima dos produtores. A valorização da moradia por meio da reforma ou a construção integral contribui para a permanência do jovem na lavoura. “Uma casa descente significa qualidade de vida. Além disso, a moradia faz parte da propriedade e merece investimento.”

Quando o programa iniciou para áreas rurais, os agricultores foram beneficiados com R$ 28 mil de subsídio oriundo de fundo perdido. O recurso foi acrescentado ao valor do financiamento e garantiu pagamento de 100% do material de construção. Com a instabilidade das finanças do governo, os valores foram excluídos do programa.

Para Liane, a sugestão é que ao menos se mantenham os juros baixos ou semelhantes ao Pronaf. Como as propriedades ficam no interior, em zona rural, os produtores não conseguem outro tipo de financiamento. Em alguns casos, há a possibilidade, mas os juros altos assustam.

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