Na ponte de Linha Lenz, entre Estrela e Teutônia, já houve cinco mortes. A falta de sinalização e a má conservação geram críticas dos moradores da comunidade.
Em 2014, o carro de uma família de Caxias do Sul caiu durante a travessia devido à falta de placas informando a passagem. Dez dias depois, a administração fez melhorias.
Foram colocadas barreiras laterais e melhorada a sinalização antes da ponte. No entanto, os avisos estão escondidos pelo matagal. Comunidade exige roçada e colocação de proteção lateral na travessia.
Há dois anos, a União das Associações de Moradores de Estrela solicitou reforma na passagem. Foram reunidos recortes de jornais relatando os acidentes, fotos e depoimentos. O material foi encaminhado à Promotoria Pública para que ações eficientes fossem tomadas. A comunidade aguarda o resultado do processo.
A localidade recebe fluxo intenso de veículos em períodos de safra e coleta de suínos e aves. Para o produtor Cedenir Schneider, 41, o trajeto deveria ser melhorado. A maior necessidade são as proteções laterais na ponte. Roçadas contribuiriam para a maior visibilidade das placas de sinalização. “Já está melhor do que antes, mais ainda é perigoso.”
Schneider nasceu em Linha Lenz e trabalha com creche de suínos. Segundo ele, durante o dia, o maior perigo é de colisão frontal entre veículos. A ponte fica entre curvas e exige atenção.
O marceneiro Ademir Leonhardt, 48, trabalha na localidade faz quatro anos e aponta que ela foi esquecida. A estrada é estreita e esburacada e não recebe serviço de máquinas. O matagal invade o percurso e prejudica o trânsito. “A rua é muito movimentada, mas não recebe investimento.”
Duas décadas de acidente
Em outubro de 2014, a falta de sinalização na ponte vitimou uma mulher e duas crianças. O carro da família de Caxias do Sul trafegava pelo local às 20h40min e o motorista não viu que havia a travessia. Seguiu reto e o carro caiu no Arroio Estrela.
O condutor de 40 anos se salvou, mas não não conseguiu resgatar a mulher e os filhos de 3 e 7 anos. Conforme registros da associação, em 20 anos, aconteceram mais de dez acidentes e cinco mortes. O primeiro caso foi em 1980, quando dois homens morreram afogados após despencarem da passagem com o automóvel.