Hospital reduz serviços por falta de recursos

Teutônia

Hospital reduz serviços por falta de recursos

Governo do Estado deve R$ 72 mil para hospitais filantrópicos e santas casas

Hospital reduz serviços por falta de recursos
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O débito do governo estadual com os hospitais filantrópicos pode afetar os atendimentos pelo SUS. O Hospital Ouro Branco (HOB) tem R$ 1,5 mi para receber, referente a novembro e dezembro de 2015.

A direção ainda constata corte de R$ 24 mi do montante total, ou seja, 30% a menos do previsto. Os valores de janeiro devem ser pagos ainda neste mês.

A manutenção da Porta de Entrada, Saúde Mental e Ambulatório de Especialidades serão canceladas devido ao atraso dos repasses. A medida evita novas dívidas e garante a credibilidade junto aos fornecedores. Para o diretor André Lagemann, há a necessidade de um calendário de pagamentos por parte do governo. No HOB, 87% dos pacientes estão internados pelo SUS.

“Está ficando dramático manter o hospital funcionando dessa forma.” Conforme a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, o Estado deve R$ 72 milhões referentes aos programas de apoio. São 245 instituições que garantem 73% dos atendimentos pelo SUS.

Em maio do ano passado, os hospitais filantrópicos anunciaram suspensão de 8,5 mil processos eletivos. A adesão foi de 90% das instituições da categoria. No HOB, foram quatro mil serviços de média complexidade cancelados.

Campanhas para sustento

No ano passado, a Associação dos Clubes Amadores de Teutônia (Acat) doou R$ 10 mil ao HOB. A decisão ocorreu após votação entre os representantes dos times de Imigrante, Westfália e Poço das Antas. O valor é referente a taxas e multas do campeonato de futebol.

A Cooperativa Certel relançou em 2015 a Campanha de Mãos Dadas com a Saúde para angariar fundos para o HOB. Por meio da conta de luz, os associados podem destinar o mínimo de R$ 5 para a instituição. Em contrapartida, concorrem a prêmios.

Com a ação, a direção do hospital espera arrecadar R$ 32 mil mensais das cidades que compõem a microrregião de Teutônia: Paverama, Poço das Antas, Westfália, Imigrante e Boa Vista do Sul. Hoje a campanha gera em torno de R$ 4,5 mil por mês.

Além de garantir subsídios para manutenção, os recursos adicionais devem ser investidos na conclusão da obra do Centro de Diagnóstico por Imagem. Além disso, a direção projeta ampliação do pronto-socorro e instalação da UTI com mínimo de dez leitos.

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