Do lamento à flauta: o impacto da saída  de D’Alessandro

Internacional

Do lamento à flauta: o impacto da saída de D’Alessandro

Os bastidores do futebol gaúcho ficaram conturbados na semana com o empréstimo de D' Alessandro para o River Plate. Enquanto os torcedores colorados lamentavam, memes se multiplicaram na web para homenagear e até comemorar a saída do argentino

Do lamento à flauta: o impacto da saída  de D’Alessandro
Estado

Andrés Nicolás D’Alessandro vestiu, nos últimos sete anos e seis meses, a camiseta do Internacional em 341 partidas. Saiu vitorioso em 176 jogos, empatou outros 85 e perdeu 80 – um aproveitamento de quase 60%.

Foi na “era D’Ale” que o Inter se tornou campeão inédito da Copa Sul-Americana, conquistou o bicampeonato da Libertadores e Recopa e se consolidou como o maior vencedor do Gauchão ao levantar a taça cinco vezes seguidas. Também com a presença do meio-campista argentino, a equipe colorada registrou alguns dos momentos mais desgostosos da história centenária. Entre eles, a derrota para o Mazembe na semifinal do Mundial de Clubes e a goleada sofrida para o Grêmio por 5 a 0, em 2015.

Nessa quarta-feira, a diretoria colorada confirmou o empréstimo de D’Ale para o River Plate. Ele ficará na equipe que o revelou até o fim do ano e poderá disputar a Libertadores da América. Durante a despedida, o atleta chorou e disse: “o que passei no clube não tem comparação com nada.”

Ainda na quarta-feira, D’Ale levantou a última taça com a camisa do Internacional. Na decisão da Recopa Gaúcha, o time colorado empatou com o São José por 0 a e conseguiu o título ao vencer nas penalidades por 3 a 2 – jogo disputado no Passo D’Areia.

Sem D’Alessandro, a torcida colorada fica carente de liderança. Nas redes sociais, admiradores do argentino lamentaram a saída repentina, enquanto se multiplicavam memes homenageando e até comemorando o fato. Diretoria colorada busca um substituto.

Técnico Argel Fucks já evidenciou que a missão será difícil ao citar que “há escassez na posição”. Por enquanto, quem deverá atuar na função é Alex. Há possibilidades ainda de Andrigo, de Estrela, figurar como uma das soluções para o meio de campo.

Trajetória

2008
Agosto
D’Alessandro estreou no Beira-Rio com um empate em 1 a 1 diante do Tricolor. Partida era válida pela Copa Sul-Americana

Dezembro
Em menos de cinco meses, D’Ale comemora o primeiro título com a camisa do Internacional, na Copa Sul-Americana. Na decisão, equipe colorada derrotou o Estudiantes por 1 a 0 na prorrogação.

2010
Agosto
O auge da passagem de D’Ale pelo Internacional foi a conquista do bicampeonato na Libertadores da América. Ele foi a principal referência técnica da equipe e teve atuação destacada na semifinal, contra o São Paulo

2010
Dezembro
Poucos meses depois da coroação na Libertadores, D’Ale vive um dos piores momentos com a camisa colorada ao participar da derrota contra o Mazembe, no Mundial de Clubes.

2011
Agosto
Mais uma taça internacional. A equipe colorada vence o Independiente por 3 a 1 e conquista o bicampeonato da Recopa.

2015
Maio
Internacional conquista o quinto título gaúcho seguido ao ganhar do Grêmio por 2 a 1 e D’Ale se consolida como o rei dos Gre-Nais. Em 27 clássicos, o argentino venceu 13, empatou nove e perdeu cinco.

Qual a importância de D’Ale para o Internacional e como você avalia a sua saída repentina?

D’Alessandro e o último jogo dele na quarta. É simples. Ele foi tão maestro como sempre. Peitou o juiz como se tivesse chegando naquele dia. Xingou quem deveria ser xingado e não deixou de ser quem ele sempre foi nestes sete anos e meio.  Sobre a saída, acredito que se tivesse sido de outra forma não aconteceria. Talvez seja sua última chance de jogar a Libertadores da América. Meu coração colorado diz que ele volta. Aqui é a casa dele.
Jéssica Salini, 23, Lajeado17_AHORA


Ele teve uma importância imensurável para o Internacional. Nestes sete anos e meio, conquistou vários títulos pelo clube e se tornou uma referência técnica para o futebol brasileiro. Quanto à saída repentina, foi um susto. Até ontem você olhava para o campo e via seu camisa 10 lá, agora é torcer para que o time encaixe sem ele.
Felipe Stefani, 25, Travesseiro17_AHORA


O D’Ale é um ídolo. Ele se tornou um herói para nós colorados. Todos os jogos que ele jogou, ele foi um líder, um capitão e uma pessoa fora de série. Para mim, foi uma tristeza profunda. Lamento ele ter saído sem uma despedida maior. Uma festa no Beira-Rio. Agora que perdemos ele, temos que achar um atleta que o substitua à altura.
Ilvo Hemsing, 65, Teutônia17_AHORA

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