Calor provoca a morte de 1,5 mil frangos

Teutônia

Calor provoca a morte de 1,5 mil frangos

Produtores de Boa Vista contabilizam perdas após temperatura superar 40ºC

Calor provoca a morte de 1,5 mil frangos
Teutônia

Agricultores do interior do município tiveram prejuízo devido ao calor intenso registrado nas últimas semanas. Faz dez anos que Silvane Thies cria frangos.

No fim do mês passado, registrou a maior perda desde que ingressou na atividade. Mil aves morreram devido ao calor. Em outras localidades, os prejuízos foram menores e totalizam pouco mais de 550 aves.

No dia 25, entrou no aviário de 1.440 metros quadrados e encontrou 200 animais mortos. Entre o dia 29 e 30, constatou perda de mais 800 frangos. O maior prejuízo reduziu para 15 mil o número de animais. As mortes aconteceram dois dias antes da Cooperativa Languiru recolher as aves. Dentro do aviário, a temperatura estava em torno de 37ºC, enquanto fora os termômetros marcavam 40ºC.

A localidade de Boa Vista Fundos não é a ideal para a criação de frangos. A planície entre morros retém o calor e gera sensação de abafamento. Para amenizar o problema, no ano passado, Silvane investiu R$ 3 mil na melhoria do sistema de refrigeração.

O objetivo era acrescentar mais equipamentos do que o necessário. No local, estão instalados 24 ventiladores e linhas com 120 bicos nebulizadores. Conforme Silvane, o prejuízo é incalculável. “Perdemos mão de obra, ração e são mais de três mil quilos de carne que não podem ser aproveitados.”

Cuidados reduzem mortes

O período mais delicado e suscetível à morte dos animais é entre fim de outubro e metade de fevereiro. No entanto, existem medidas que podem amenizar as perdas. Conforme o técnico em Agropecuária Jaime Borgelt, reduzir a quantidade de ração durante a manhã para chegar ao fim da tarde sem o alimento pode contribuir. Caminhar entre os frangos para que eles se movimentem também auxilia.

Em dias com temperatura muito elevada, em torno de 40º C, como foi registrado, a orientação é fechar as cortinas internas e externas, evitando que o calor de fora invada o galpão. Com isso, os ventiladores e nebulizadores terão mais efetividade. Mesmo com os cuidados, os produtores podem registrar perdas.

Outra solução é o investimento no sistema americano dark house, que controla a temperatura e luminosidade 24 horas por dia. O valor do galpão é 10% maior que um aviário convencional. No entanto, promete ciclo de crescimento mais rápido e redução de mortandade.

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