Presença de larvas antecipa uso de laboratório municipal

Lajeado

Presença de larvas antecipa uso de laboratório municipal

Vigilância inicia análises de larvas de mosquitos

Presença de larvas antecipa uso de laboratório municipal
Foto: Divulgação
Lajeado

Um espaço improvisado no Laboratório Verde da Secretaria de Meio Ambiente começou a ser utilizado para análises de larvas coletadas nas 145 armadilhas instaladas no município.

A decisão foi tomada após a constatação de duas larvas do mosquito aedes aegypti, na av. Sete de Setembro, bairro Moinhos, na sexta-feira, 29.

Recursos para implantação do laboratório estavam disponíveis desde 2014. Na época, R$ 6 mil foram disponibilizados pelo Estado para desenvolver o projeto.

Sem espaço para colocá-lo em prática na antiga sede da vigilância, a repartição foi transferida para o prédio da Secretaria de Meio Ambiente. Segundo o secretário da Saúde, Glademir Schwingel, sem a necessidade de compra do equipamento, os recursos devem ser utilizados para adaptações no espaço e confecção de material de apoio para o combate ao mosquito.

Com o uso do laboratório desde a terça-feira, 2, o órgão municipal consegue agilizar as análises de amostras, antes feitas em espaço cedido pela 16ª Coordenadoria de Saúde. Os trabalhos precisavam ser semanais e agendados conforme disponibilidade do local.

O laboratório será o segundo na região, além de Teutônia, onde larvas foram encontradas em janeiro, no bairro Canabarro. No município, há 47 armadilhas e 12 agentes atuantes.

Mais eficiência

Com a constatação da existência de larvas, quatro dos cinco fiscais da Vigilância Epidemiológica passaram a vistoriar um raio de 300 metros. A ação deve se estender por cerca de dez dias, segundo o secretário. Caso novos focos sejam encontrados, o perímetro de ação dobra e as ações de combate são intensificadas. Além dos fiscais, 86 agentes de saúde atuam na conscientização dos moradores e identificação de possíveis criadouros nos bairros.

Segundo Schwingel, uma proposta de contratação de mais três agentes deve ser encaminhada ao Legislativo nos próximos dias. A medida é para atender a indicação do Ministério da Saúde de um profissional para cada 40 mil imóveis para município do mesmo porte.

Lajeado registra focos do inseto desde 2012. O último havia sido em maio de 2015. Um ano antes, mais de 30 focos haviam sido registrados em diferentes bairros. O secretário salienta a importância da colaboração e afirma ser preciso manter situação de alerta no município.

De acordo com ele, é necessário impedir uma infestação do inseto, um facilitador para transmissão de doenças como dengue, chikungunya e zika “Neste ano temos uma maior potencialidade de risco, mas o panorama do estado nem se compara com o resto do país. Precisamos ficar atentos, mas não é motivo de pânico.”

Na avaliação do coordenador da Vigilância Ambiental de Saúde e biólogo Fernando Diel, o laboratório permite maior eficiência nas ações desenvolvidas. Com ciclo de vida de sete dias do mosquito, ter um resultado mais rápido é fundamental para evitar a proliferação de mais insetos.

Demanda antiga

A necessidade de um espaço próprio para as análises é debatida desde 2013, segundo Diel. Na época, todas os testes precisavam ser feitos pelo Laboratório Central (Lacen), em Porto Alegre. Com a demanda existente, o resultado chegava a demorar um mês para ficar pronto.

No mesmo ano, o biólogo passou por treinamento para fazer as análises no laboratório existente na 16ª Coordenadoria de Saúde. O laboratório regional é um dos 16 do estado ligados ao Lacen Apesar da existência de equipamentos, o local não tinha um profissional responsável pelas avaliações.

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