Abandono de animais motiva estudos

Teutônia

Abandono de animais motiva estudos

Fim de convênio com Apante motiva criação de núcleo para controle de zoonoses

Abandono de animais motiva estudos
Teutônia

Secretaria do Meio Ambiente elabora projeto para reduzir número de animais abandonados nas ruas. A criação de um núcleo para controle de zoonoses é a medida principal analisada.

Sem data para conclusão, depende da contratação de médico-veterinário, estruturação do quadro funcional e análise de despesas. O término do convênio com a Associação Protetora dos Animais de Teutônia (Apante), no fim do ano passado, foi determinante para a decisão.

Com o novo formato, a administração assume o compromisso de buscar soluções para o problema. O foco da secretaria é a orientação à comunidade. Para inibir o abandono de animais, será criada lei que regra a posse e adoção responsável. O documento pode prever multas e sanções para quem descumprir as normas.

A parceria com estabelecimentos que vendem cães e gatos consta no projeto. O objetivo é incentivar os proprietários a cadastrarem os animais e respectivos donos durante a venda. A identificação do animal por meio de chip depende de ajustes, mas ressalta a rigidez proposta no controle.

De acordo com o subsecretário Luiz Rückert, a maioria dos registros de abandonos de animais vem do bairro mais populoso: Canabarro. O problema é resultado da posse irresponsável. Muitos cães são criados soltos e não são castrados, logo, se reproduzem sem controle. Moradores contam que pessoas de outros municípios também descartam filhotes em terrenos abandonados e matagais, diz.

Rede garante adoção

O núcleo de controle de zoonoses terá apenas uma sala para atendimento veterinário. O custo para manutenção de um canil é elevado e o objetivo da secretaria não é criar um “depósito” de animais. A parceria com ONGs deve ser fortalecida para destinar os animais a donos responsáveis.

A Apante realiza esse serviço por meio das redes sociais e site. Os voluntários fotografam cães e gatos abandonados e compartilham solicitando abrigo temporário. Para protegê-los, os interessados os mantêm em suas casas até ser encontrado um lar definitivo. As despesas são custeadas pelo próprios voluntários.

Sem sede e funcionários, a Apante não gera despesas. Transporte, telefone e ração são custeados por meio de doações ou da ajuda dos próprios associados. No ano passado, a administração municipal repassou R$ 40 mil para a ONG. No entanto, o recurso não poderia ser aplicado em estrutura. O dinheiro servia apenas para pagar procedimentos cirúrgicos.

Os integrantes do grupo analisaram os custos para manter uma estrutura física de atendimento aos animais. Um canil com dimensões para atender 30 cães, combustível, telefone, água, luz, ração e dois funcionários em turnos alternados custaria R$ 12 mil mensais. Sem contar, despesas com vacinação, castração e cirurgias.

Para o presidente da entidade, Solano Schneider, 41, a manutenção de uma sede é elevada em relação com a entrada de doações. Hoje as atividades são realizadas de forma que não afetem o orçamento dos voluntários. A estrutura permitiria atendimento efetivo no controle de animais abandonados, diz.

Acompanhe
nossas
redes sociais