Para incentivar o aumento da produção no setor primário, a Secretaria da Agricultura desenvolve programas como o de terraplenagem para construção de novos aviários, chiqueiros e galpões leiteiros.
Segundo o secretário Paulo Heck, são realizadas melhorias nas estradas, telefonia, internet, energia elétrica como forma de incentivar a permanência ou até o retorno do jovem ao campo. Das 900 propriedades existentes, 10% tem sucessão garantida.
“Temos 92 jovens na gerência dos negócios com os pais. Com projetos, orientação técnica, oferta de crédito e parcerias com integradoras garantimos o crescimento da renda tanto do município como dos produtores.” Depois da indústria, a agricultura apresenta a maior contribuição para o valor adicionado fiscal do município.
Em 2013, atingiu R$ 115 milhões, com um acréscimo de 21,31% em relação ao ano anterior. O setor primário representa 17,5% na economia. O destaque é para a suinocultura – em primeiro lugar no valor adicionado. São 120 suinocultores que geraram R$ 37 milhões ao município, com 106 mil cabeças abatidas.
A avicultura ocupou o segundo lugar em retorno de valor adicionado gerando R$ 24 milhões para o município em 2013. Entre 2013 e 2014, foram construídos cinco aviários, sendo três para ovos férteis e dois para aves de corte.
A perspectiva de crescimento para os próximos anos é grande, considerando o investimento da Dália Alimentos, que deve necessitar de 150 novos aviários para seu empreendimento.
Na cadeia leiteira, são 460 produtores. O setor ocupa o terceiro lugar em retorno para o município e crescendo 5% anualmente, considerado os últimos quatro anos. A produção chega a 24 milhões de litros. “Nos últimos cinco anos, o setor cresceu 10% ao ano”, finaliza.
De industriário a dono do negócio
Até março, mais dois mil suínos (terminação) serão alojados na propriedade de Rafael Rohenkohl, 34, na localidade de Passo do Corvo. Com isso, a capacidade produtiva será triplicada. O investimento supera R$ 1 milhão na construção de dois pavilhões e sistema de compostagem dos dejetos.
O jovem retornou à propriedade da família há quase quatro anos, após trabalhar por uma década como industriário. Flexibilidade de horários, melhor remuneração, incentivos concedidos pelo Executivo e a possibilidade de ser dono do negócio foram decisivos. “Recebi de graça 180 horas de serviço de máquina e isso me proporcionou uma grande economia.”
Lucas Käfer, 21, de Linha 32, investiu R$ 130 mil na construção de um free stall com capacidade de alojar 66 vacas. A produção chega a 700 litros diários. Recentemente foi liberada a licença ambiental para iniciar a construção de mais dois chiqueiros com capacidade para mil suínos. O valor a ser aplicado supera os R$ 300 mil. “Precisamos modernizar a estrutura, melhorar o bem- estar e facilitar o trabalho.”