Acompanhar a evolução da tecnologia exige adaptação e mudanças. Ao passo que jovens assimilam com agilidade os recursos disponibilizados por novas ferramentas, idosos também querem se atualizar.
Desse modo, empresas e poder público têm disponibilizado aulas de computação para quem já passou dos 50. Um dos exemplos é a Univates, que oferece o curso de informática para a terceira idade – Módulo I.
O objetivo da atividade é qualificar idosos que queiram conhecer funções básicas do computador e familiarizar-se com as redes de entretenimento.
As aulas ocorrem de março a julho, às quartas-feiras, das 13h15min às 15h15min, no Laboratório de Informática. Interessados devem se inscrever até o dia 23 de março. Inscrições podem ser realizadas no Núcleo de Educação Continuada.
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As aulas custam R$ 180 e podem ser parceladas em até quatro vezes. Estudantes e egressos da graduação e da formação sequencial, e alunos dos cursos técnicos e de pós-graduação da Univates, ganham 10% de desconto.
Conforme o professor Rafael Braga Sander, graduado em Redes de Computadores, o treinamento abordado sistema operacional, softwares, editores de texto para documentos simples e internet.
Segundo Sander, o material de orientação teve o conteúdo adaptado em função de demandas recorrentes nessa faixa etária. “Eles querem aprender a usar e-mail, Facebook, fazer pesquisas, baixar músicas, assistir a vídeos”, comenta.
Vontade de aprender
De acordo com a dona de casa Traude Majolo, 56, com o corre-corre diário não é possível depender dos filhos para tudo. Para ela, o conhecimento deles sobre computadores, tablets e celulares dos mais jovens é inegável, mas muitas vezes eles não têm paciência para ensinar.
Por conta própria, ela procurou o curso oferecido pela Univates. Diz que quanto mais aprendia mais vontade tinha de continuar estudando. “O primeiro era bem básico, depois aprendi a fazer dowloads, usar redes sociais, mexer em fotos, coisas que uso no dia a dia”, comemora.
Traude conta que tinha colegas de 82 anos que vinham do interior do Vale do Taquari motivados pela busca do novo. Ela começou querendo apenas procurar receitas para incrementar seu caderno, e acabou indo além. “Hoje tenho celular, uso o whatsApp, e até ensino meu marido, é uma vitória”, conclui.