A concorrência desleal entre taxistas e a busca pela qualificação profissional fazem Euclides Fernando Kieling, 31, investir no táxi. Além da corrida, ele dispõe de balas, jornais, ar-condicionado e wi-fi sempre ligados.
A novidade é a sacola térmica para manter água gelada aos passageiros. O taxista é o único com máquina para pagamento via débito ou crédito. O investimento serve como atrativo e comprova que o bom atendimento é a forma legal de garantir clientela.
Por dia, faz 20 corridas ao interior do município. Porto Alegre é o local mais longe para onde levou clientes. O serviço funciona 24 horas por dia e atende em três telefones. Os diferenciais ofertados pelo taxista atraem famílias e garantem a fidelidade dos clientes.
A sacola térmica custou R$ 50. No próximo ano, o taxista almeja trocar o automóvel. Quer um carro mais espaçoso, para instalar um frigobar, cuja energia é alimentada pelo acendedor de cigarros. O aparelho fica instalado entre os bancos dianteiros e comporta até seis copos de água.
O projeto está em estudo e a ideia surgiu do Rio de Janeiro.“Sempre converso com taxista de fora do estado e busco informações.”
Marta dos Santos Silva, 34, é cliente fiel de Euclides faz dois anos. Ela utiliza o serviço quatro vezes por semana para ida e volta. O percurso é entre o bairro Boa Vista (onde mora), Languiru e Canabarro. A escolha ocorre devido ao conforto e pontualidade. “Sempre chega no horário. Além disso, ainda tem água, internet e bala durante o caminho.”
Irregularidades exigem fiscalização
Embora exista lei que determine o uso do taxímetro, Euclides revela que o aparelho não é usado por todos da categoria. Outra irregularidade é a prestação de serviços com pagamento para 30 dias.
O uso dos pontos de táxis também exige atenção. Os motoristas circulam em pontos com grande fluxo de pessoas, como supermercados e não ficam nos locais determinados.
O fluxo de taxistas irregulares foi contido no ano passado. Três pessoas atuavam de forma clandestina na cidade e foram notificadas. Os veículos não tinham identificação e não atendiam todas as normas de segurança. Um Fiat Uno vermelho e Gol branco eram utilizados para o serviço. Neste ano, um motorista de Paverama presta o serviço em Canabarro sem a licença da administração.
A lei foi revista em 2013 e estabeleceu prazo de adequação de um ano. Todos os veículos registrados devem estar emblemados e com identificação luminosa. As cores do automóvel também foram padronizadas. A revisão tarifária ocorre mediante solicitação de órgão representativo. Com o documento, a administração avalia a necessidade ou não de alterar o valor.
