O Conselho de Representantes do Codevat contatou com a Frente Parlamentar pela Duplicação da BR-386 para tentar impedir a já anunciada suspensão das obras entre Fazenda Vilanova e Estrela.
O Dnit e o consórcio de empresas responsável pela construção da nova pista informaram sobre a paralisação nesta semana, e não há qualquer prazo para reinício dos trabalhos.
De acordo com a presidente do Codevat, Cíntia Agostini, houve também contato com a bancada gaúcha formada por deputados federais e senadores. “Já estão cientes da situação, e marcaram reunião com o Dnit na semana que vem, na retomada dos trabalhos no Congresso”, informa.
A audiência da bancada gaúcha com o Dnit deve ocorrer no dia 3 de fevereiro, às 17h, em Brasília. “Nestas condições, as entidades da região estão se mobilizando para buscarem alternativas à situação posta neste momento”, sustenta Cíntia.
Paralelo a essa movimentação, o deputado estadual Gilmar Sossella (PDT) também tenta pressionar pela retomada dos trabalhos de duplicação da BR-386. “A rodovia é uma das mais importantes da Região Sul e precisa ter a sua duplicação concluída urgentemente. São mais de seis anos de espera. Sabemos da relevância dessa obra para a região e todo o estado”, analisa o parlamentar.
Coordenador da Frente Parlamentar Pela Duplicação da BR-386, o deputado contatou com o superintendente do Dnit no estado, Hiratan Pinheiro da Silva, para verificar a situação. “Fomos informados que o orçamento da União para 2016 estourou, e isso atingiu a BR-386, pois o valor previsto para a conclusão dos nove quilômetros já foi ultrapassado.”
O recurso disponível para a obra neste ano era de R$ 2 milhões. No entanto, segundo o Dnit, o valor foi destinado para pagar o que já tinha sido executado na rodovia em 2015. Agora, uma das alternativas é tentar aumentar o orçamento por meio de uma medida provisória ou até mesmo por um projeto de lei.
Hoje, a conclusão da obra ainda depende de nove quilômetros, entre Fazenda Vilanova, Bom Retiro do Sul e Estrela. Eles deveriam ter sido entregues ainda em 2013. A última previsão de finalizar as obras, no entanto, era maio deste ano. Mas, em função do corte de recursos do PAC anunciado pelo governo federal, não há mais recursos previstos para 2016.
Até o momento, a obra iniciada em novembro de 2010 recebeu cerca de R$ 168 milhões em investimentos. Pelo contrato, ainda restam pouco mais de R$ 15 milhões para concluir os 8% restantes dos serviços. No entanto, o consórcio acena para a necessidade de aditivos no contrato, que podem encarecer a obra em mais R$ 10 milhões.