Referência na atenção a animais abandonados, a Apama começa o ano projetando melhorias no espaço onde mantém cerca de 300 cães.
Para tanto, a ONG lança nesta segunda-feira, 25, a campanha beneficente Doe um Tijolinho. A ação consiste na doação de tijolos, que serão usados em obras para melhorar a qualidade de vida dos bichinhos.
De acordo com a coordenadora, Ana Rita de Azambuja, interessados em participar também podem doar areia, brita-cimento e outros materiais de construção, ou depositar o valor correspondente na conta da entidade.
Entre os planos da ONG, estão a reforma no piso de baias e a troca de cercados. Também é prevista a edificação de um muro no entorno do terreno, obra que garante a segurança dos animais, o sossego dos vizinhos e de quem passa pela região, além de evitar fugas.
Conforme Ana, em função de gastos mensais com alimentação, higienização e cuidados médicos, em torno de R$ 30 mil, a entidade não tem reserva de caixa. Portanto, mais uma vez, pede o apoio da comunidade. Ela lembra que alimentação e procedimentos veterinários são demandas constantes.
Destaca o programa Ração Garantida, que possibilita às pessoas fazer doações mensais por meio de carnê. Ana enaltece a atitude de quem leva pacotes de ração, esporadicamente, mas lembra que pode ajudar as pessoas a evitar gastos excessivos. “Em mercados e agropecuárias esses alimentos são caros. Nós negociamos preços melhores com fornecedores”, comenta.
Trabalho importante
De acordo com o chefe da Defesa Civil, Gilberto Schmidt, a importância do trabalho da Apama fica cada vez mais evidente. Para ele, a ação da ONG durante as cheias do ano passado garantiu que nem animais, nem proprietários ficassem desassistidos. “Nos garantiu uma mobilização estratégica dos animas durante a gestão de desastres”, relata.
Ele lembra que durante as chuvas houve quem não quisesse sair de casa, caso seus cães ou gatos não pudessem ser levados juntos. “A comunidade se preocupa com os bichinhos, e durante uma emergência essa parceria me deixa tranquilo”, pondera.
Conforme Ana, durante os últimos alagamentos, o trabalho foi exaustivo, pois muitos cães chegavam durante a noite no abrigo temporário no Parque do Imigrante. Mas a organização da equipe garantiu o trabalho de contingência de forma adequada.
