A administração municipal leva asfalto ao interior. Serão pavimentados 1,4 quilômetro de estradas distribuídos em duas comunidades.
No distrito de Arroio Bonito, o trecho de 700 metros fica entre a sociedade esportiva e o complexo do silo secador. Em Sampaio, serão outros 700 metros de asfaltamento entre a Assoessa em direção ao distrito de Vila Terezinha.
Na sede, serão pavimentadas duas quadras das ruas Santa Inês, Arnaldo Bourscheid e João Aurélio Wildner. Conforme o vice-prefeito Sérgio Machado, o projeto inicial do Executivo é de financiar R$ 4 milhões pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
A proposta foi apresentada pela prefeita Carmen Goerck e pelo assessor de projetos Maico Berghahn na semana passada ao gerente-adjunto de planejamento da região da serra, Andre Gotler. “Como outros municípios buscam recursos, inicialmente tentamos a liberação de R$ 2,7 milhões.” O restante deverá ser financiado até o fim do ano.
Após a liberação, primeiros trechos a serem pavimentados serão definidos em audiência pública. A intenção é iniciar as obras pelas ruas centrais. Pela lei aprovada, os proprietários de imóveis lindeiros às estradas contempladas ficam responsáveis pelo pagamento de 50% do custo total na zona urbana.
O valor pode ser quitado em até 36 vezes. Na área rural, cada proprietário pagará o equivalente a 30% do valor total e o restante será custeado pelo Executivo. Não há prazo para o início das obras.
Qualidade de vida e mais desenvolvimento
De acordo com Machado, as obras visam diminuir as despesas de manutenção das vias. Isso porque esses trajetos exigem melhorias frequentes devido ao intenso fluxo de veículos.
Além disso, servem de ligação a municípios vizinhos e de escoamento da produção agrícola e industrial. “Melhora a qualidade das famílias e incentiva o desenvolvimento de agroindústrias nos pontos a serem pavimentados.”
Prejuízo financeiro
Há mais de 30 anos a família Fröhlich mantém um mercado em frente à Assoessa, em Sampaio. O estabelecimento foi construído na esquina de um cruzamento. O movimento intenso de caminhões que transportam ração, frangos, fumo, leite e suínos agrava o problema da poeira durante os dias secos.
Na maior parte do tempo, o local permanece com a porta principal fechada. “Atendemos na lateral do prédio. Nem adianta mais limpar, depois de meia hora está sujo de novo”, comenta Celso.
A mãe Iloni pensa em fechar ou vender o ponto. Durante quatro anos, morou em Lajeado e voltou para auxiliar o filho no serviço. “A promessa do asfalto é renovada há anos. Apenas acredito na hora que estiver concluído.” Também reclama da demora em iniciar a reconstrução da ponte destruída pela chuva em 28 de junho de 2014.