A prevenção ao câncer e outras doenças de pele será o foco de uma campanha promovida na praça do centro. A atividade é da Associação de Assistência a Pacientes Oncológicos e Transplantados (AAPOT) e inicia às 9h. No encontro, serão prestadas orientações sobre cuidados com a pele e riscos da exposição ao sol.
É a primeira vez que a associação visita Cruzeiro do Sul. Nessa terça-feira, desenvolveu atividade em Lajeado. No dia 25, estará em Taquari. De acordo com Bianca Cardoso, responsável pela comunicação da entidade, as visitas, que ocorrem desde 2013, objetivam sensibilizar para a necessidade de prevenção às doenças. Ela alerta para a importância do desenvolvimento de exames periódicos. “Quando se percebe uma manchinha ou algo diferente na pele, pode ser tarde demais.”
Dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) indicam o câncer de pele como o mais frequente no Brasil. Ele corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. O RS lidera o número de incidências de câncer de pele.
Além da conscientização, as visitas divulgam o trabalho da associação, criada em 2011 e com cerca de 320 pacientes cadastrados até o início deste ano. Em Santa Cruz do Sul, a entidade mantém uma casa de hospedagem para pacientes em tratamento contra diferentes tipos de câncer e acompanhantes. Ela tem capacidade para até 16 pessoas.
Atenção anual
Na avaliação do médico Leandro Knapp, a atenção sobre os cuidados com a pele é positiva, mas deveria ser feita durante todo o ano. Apesar da orientação recorrente, afirma constatar pouco a postura preventiva. “O ideal seria que todos fizessem consultas anuais, mas muitos só buscam quando percebem uma ferida ou lesões na pele.”
Segundo o especialista em Dermatologia, a alta incidência de câncer de pele no estado tem influência genética e pessoas com olhos, cabelos e pele claras são mais suscetíveis aos efeitos da radiação solar. De acordo com ele, áreas como mãos, orelhas e o rosto são as mais afetadas pelo sol devido à exposição contínua.
Knapp reforça a importância de manter acompanhamento especializado frequente, independente da pigmentação da pele ou do período do ano. Segundo o médico, todos fotótipos de pele devem receber proteção, apenas com intensidades diferentes. “O sol e a radiação são os mesmos, é só uma questão de temperatura.”
Knapp alerta para a relação entre a exposição excessiva ao sol e o desenvolvimento de outras doenças. Além do câncer de pele, a prática é responsável pelo fotoenvelhecimento e afinação da pele, queimaduras e surgimento de tumores.