A diversão proporcionada pela leitura pode não ser a primeira opção nas férias, mas ainda congrega adeptos. Oportunizando essa alternativa, a Biblioteca Pública Francisco Reckziegel Assis Sampaio conta com acervo de 20 mil títulos, entre clássicos e atuais.
Apesar de reunir apreciadores de uma arte clássica, o espaço tem toques de modernidade. Além de espaço tranquilo para ler, oferece rede wi-fi e 12 computadores para acesso à internet.
Parte dos dos equipamentos foi obtida por meio de um programa social de popularização da internet. Conta com uma seção infantil completa, que, além de um acervo de publicações clássicas e novidades, tem mobiliário especial para as crianças.
De acordo com a bibliotecária Ana Criste Prate, a procura pelo empréstimo aumenta nesta época. Muitos usuários, observa, ao retirarem os livros, não leem durante o resto do ano por falta de tempo, associando o períodos de descanso com tal hábito. “O movimento cresce a partir de dezembro, mas o forte mesmo é em janeiro e fevereiro”, aponta.
Ela revela que as pessoas retiram obras para levá-las em viagens de férias, costume estimulado com a ampliação do prazo de empréstimo, de 15 para 30 dias. Também cresce a procura pela confecção de carteirinhas de associados.
Conforme Ana, o perfil dos leitores muda neste período, já que famílias que não puderam viajar procuram alternativas locais. Dessa forma, é normal ver pais acompanhando filhos e ajudando na escolha da próxima história que será contada.
Renovação do público
Assim como as crianças, cresce também o número de jovens leitores. Na literatura dedicada aos adolescentes, livros como Deixe a Neve Cair, Quem é Você, Alasca e Teorema de Katherine, de Johnn Green, figuram entre os mais procurados. Obras também disponíveis no formato de áudio-livro.
Segunda Ana, as editoras foram inteligentes ao investir no lançamento de séries literárias com uma linguagem moderna, e protagonizada por personagens jovens e dinâmicos. Mas, reconhece, que, por fim, mesmo os novos leitores sempre recorrem aos clássicos.
Ela comenta que há quem comece por títulos mais atuais, mas acaba procurando por Bukowsky, Edgar Alan Poe, Stephen King. “Há poucos dias uma menina de 9 anos levou Orgulho e Preconceito da Jane Austen”, declara. Entre os adultos, os preferidos são romances de autoras como Nora Roberts, Danielle Steel e Bárbara Delinsky, além de publicações espírita e de autoajuda.
Ana relata ainda que as doações de publicações se intensificam, mas lembra que o Ministério da Educação (MEC) determina que livros didáticos, com mais de três anos de defasagem, não devem ser usados. “Entendemos a boa intenção, mas não podemos aceitar esses materiais.”