Encontrar o local adequado para deixar o carro durante as compras ou compromisso profissional nem sempre é tarefa fácil. Em função dessa dificuldade, a administração municipal atendeu reivindicação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Desde quarta-feira, 13, parte da av. Padre Anchieta voltou a ter estacionamento oblíquo.
Essa forma de estacionar foi reimplantada ( vigorou até o fim de 2014) apenas em um dos lados da via. A demarcação de vagas e colocação de placas foram feitas à direita da pista, no trecho entre as ruas Júlio de Castilhos e Rafael Peretti, próximo à Igreja Matriz São Pedro. Do lado esquerdo, os veículos continuam estacionando em paralelo ao meio-fio.
As alterações eram reivindicadas pelos comerciantes da área há mais de um ano. Em janeiro de 2015, uma determinação do município implementou o estacionamento paralelo em toda a Padre Anchieta e em parte da rua Júlio de Castilhos, com exceção de trechos onde há recuo entre as calçadas.
Conforme o presidente da CDL Marcelo Peretti, a volta do sistema oblíquo resolve apenas parte do problema. Para ele, a quantidade de veículos aumentou na mesma proporção em que o comércio do município cresceu, mas o espaço para estacionar continua o mesmo.
Peretti lembra que modalidades como a cobrança de estacionamento rotativo não deram certo, mas propõe uma nova reflexão. “Se você der uma volta está tudo sempre lotado, mas é preciso buscar uma alternativa”, pondera.
Garantia de vendas
A falta de espaço para estacionar gerou descontentamento entre os clientes do comércio local. Segundo a comerciante Neodete Vian Rizzi, pessoas relatam que deram várias voltas na quadra para procurar uma vaga, mas desistiram e foram embora. “Há quem deixe de comprar aqui e vá para outras cidades”, lamenta.
Neodete comemora a volta do oblíquo por gerar aumento de vagas. Mas defende que o retorno do rotativo pago seria ainda melhor. “Quem precisa de verdade não se importa de pagar”, comenta.
Outro problema apontado por lojistas é o mau uso das vagas. De acordo com o proprietário de uma loja de roupas Ricardo Pazetti, o contratempo é causado por pessoas que trabalham no entorno. Ele concorda que a cobrança era positiva. “Tem quem trabalha por aqui e deixa o carro na mesma vaga mais de oito horas. Com o rotativo era mais organizado”, declara.
Segundo o presidente da CDL, neste ano, a entidade deve trabalhar a fim de conscientizar sobre o uso correto. Para ele, garantir a vaga do cliente beneficia a todos, e quem trabalha na área pode ser mais flexível. “Dá para estacionar um pouco mais longe. Sempre damos um toque, mas há quem seja bem resistente”, conclui.