Em menos de um mês, dois  ciclistas morrem atropelados

Forquetinha

Em menos de um mês, dois ciclistas morrem atropelados

Falta de acostamento na ERS-424 representa perigo constante

Em menos de um mês, dois  ciclistas morrem atropelados
oktober-2024

A insegurança é comum entre moradores e usuários da ERS-424, que liga o município a Canudos do Vale. Sem acostamento e com iluminação precária, a via é utilizada por pedestres e ciclistas que dividem espaço com os carros. Tráfego de máquinas agrícolas piora a situação. Desde dezembro, aconteceram dois atropelamentos fatais.

O primeiro vitimou Luiza Mittelstadt, 33, atingida por uma retroescavadeira no dia 16, próximo ao Parque Christopher Bauer. Ela morreu no dia 24. No dia 22, Gilberto Berghahn, 68, foi atropelado por um caminhão e resistiu aos ferimentos no Hospital Bruno Born, em Lajeado, até o dia 10 deste mês.

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O motorista José Hosftetter mora na comunidade faz três anos. Para ele, as deficiências no trajeto são a falta de iluminação, acostamento e redutores de velocidade e também a pouca fiscalização. “O asfalto é uma grande conquista para todos, mas trouxe perigo. A maioria não está acostumada e ainda anda como se fosse chão batido.”

O movimento intenso de carroças e máquinas agrícolas, aliado ao tráfego intenso de caminhões que transportam suínos, frangos e demais produtos agropecuários em alta velocidade, aumenta os riscos de acidentes. “É preciso cuidado e prudência. Qualquer descuido pode terminar em tragédia.”

Conscientização

Na avaliação do responsável pelo Grupo Rodoviário da Brigada Militar, sargento Joel Diehl, a solução para evitar acidentes seria a conscientização de motoristas, pedestres e ciclistas. Com 200 quilômetros de rodovia sob responsabilidade, o grupo, sediado em Cruzeiro do Sul, enfatiza a importância da prevenção. “Essas pistas não devem ser usadas para exercícios, o ideal é que se procure outra alternativa.”

De acordo com ele, para o uso de tratores e implementos agrícolas, o ideal é a escolta por outros veículos batedores. Eles, salienta, devem acompanhar os equipamentos com sinal ligado e evitar os horários de pico.

Em nota, o Daer definiu a rodovia como de classe 4-b, a mais simples entre as rodovias pavimentadas. Nelas o acostamento permitido é de de apenas 0,5 metros. No documento, salienta as boas condições da pista e sinalização e exime as características dos fatores de risco. Quanto à falta de iluminação, o Daer atribui a responsabilidade de instalação ao Executivo local.

Segundo o Daer, a circulação eventual de máquinas agrícolas deve ser feita de acordo com as normas de trânsito. Os deslocamentos, destaca, precisam ser comunicados à polícia rodoviária responsável pelo trecho.

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