As particularidades de um dos seis grandes biomas brasileiros motivaram a vinda da exposição itinerante “Nosso pampa desconhecido”, ao Museu de Ciências Naturais (MCN) da Univates. Realizada pela Fundação Zoobotânica do estado, a mostra revela características únicas da geografia, fauna e flora gaúchas.
Composta por mais de 30 banners, que contêm fotografias e textos informativos, a exibição busca a conscientização popular sobre a importância da preservação ambiental. O material, de autoria do fotógrafo e ambientalista Adriano Becker, também resgata características socioeconômicas e culturais da região.
Inaugurada em 2008, a exposição já passou todo o estado, por meio de iniciativas como a do MCN, que tem relação direta com o assunto abordado. Mas também integrou eventos culturais como a Califórnia da Canção Nativa. Foi apresentada em diferentes regiões do Brasil, mas a viagem mais longe foi a Paris.
Foi criada por meio do Programa RS Biodiversidade, que tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável em função dos pilares cultura, educação, ambiente e economia.
De acordo com a analista do MCN, Ursula Arend, a exposição, que pode ser visitada na Univates até março, revela curiosidades que são desconhecidas dentro do próprio RS. “Outro aspecto importante é o econômico, por ser uma região onde se propaga a cultura agrícola, a criação de animais e o cultivo de alimentos”, complementa.
Saiba mais
O pampa é um bioma que no Brasil ocorre apenas no RS, ocupando 63% do território gaúcho, e 2,1% do nacioanl. Faz parte de uma região natural com cerca de 760 mil quilômetros, que cobre a metade sul do estado, todo o Uruguai e o nordeste da Argentina. Desse total, menos da metade permanece preservada. Tem uma diversidade biológica distinta, composta em grande parte por espécies adaptadas a ambientes campestres.
Nesse tipo de lugar, vivem cerca de três mil espécies de plantas, 450 de gramíneas, 150 de leguminosas, 480 de aves e 90 de mamíferos. Além de uma quantidade não catalogada de outros organismos desconhecidos ou ainda não estudados. Muitas dessas variedades são endêmicas da região, ou seja, não existem em outros lugares do planeta.
Interessados em visitar a exposição podem comparecer ao MCN, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30min às 22h. Visitas guiadas podem ser agendadas pelo 3714-7000, ramal 5504, ou mcn@univates.br. Mais informações podem ser obtidas no www.univates.br/mcn.
