Para quem achou que 2015 foi um ano agourento para o mundo da música, em função da morte de figuras como Jupiter Maçã e Lemmy Kilmster, 2016 começou mal. Um dos artistas mais influentes da música desde a década de 60, o músico britânico David Bowie morreu na noite desse domingo, 10.
Bowie, que completou 69 anos no dia 8, tratava um câncer descoberto há cerca de 18 meses. A morte foi confirmada na página oficial do músico, no Facebook, apenas dois dias depois do lançamento do mais recente álbum Black Star. Em 2004, ele passou por uma cirurgia cardíaca de emergência, o que preocupou os fãs e determinou o afastamento dos palcos e turnês. A partir dessa época, os shows ficaram mais escassos, e a última apresentação ao vivo foi um espetáculo beneficente, em Nova York, em 2006.
Batizado como David Robert Jones, no bairro de Brixton, em Londres, o músico começou a demonstrar habilidades artísticas aos 13 anos, quando aprendeu a tocar saxofone. Um de seus primeiros sucessos foi Space Oddity, uma balada sobre um astronauta que se perde no espaço, lançada em 1969.
Bowie se tornou especialista em obras conceituais, em que criava e incorporava personagens e universos paralelos. Trazendo para suas performances um contexto artístico tão abrangente, além da música, o espetáculo se tornava referência também para diferentes modalidades de arte.
Na região
A extravagância de figurinos, cortes de cabelo e performances era a marca de Bowie. O músico se tornou um ícone da música, da moda e de comportamento. Na região, além de roqueiros, influenciou outros profissionais com foco em outras áreas, como a designer de Moda, Franciele da Silva, 26.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Franciele foi todo inspirado na carreira do camaleão do rock. Ela conta que conheceu o trabalho do músico por meio da própria família. Tios, tias e a própria mãe apresentaram os discos de vinil que determinariam os rumos de sua formação. De acordo com a fã, o músico é um ícone da moda por diversos fatores, pois criava figurinos, usava cores e materiais, e elaborava conceitos de forma consciente. Para ela, a inovação é a marca do trabalho do ídolo. “Ele sabia exatamente o que ia fazer e o impacto que seu trabalho causaria”, comenta.
