As dificuldades no cenário econômico não impediram as projeções de crescimento de indústrias da região. Ao menos três grandes projetos de expansão estão previstos para iniciar neste ano.
Entre eles, estão a construção de um novo centro de distribuição da Fruki, em Pelotas, de uma queijaria da Cooperativa Languiru, em Teutônia, e de um abatedouro de aves da Dália, em Arroio do Meio. Além disso, o Vale também atrai investimentos de fora, como os R$ 12 milhões aplicados por uma empresa espanhola para a construção de uma granja de ovos férteis.
De acordo com o presidente da Fruki Bebidas, Nelson Eggers, o investimento no sul do RS faz parte de um plano de expansão com projeções de crescimento pelos próximos 80 a cem anos. “As crises são passageiras e precisamos pensar no futuro.”
Segundo ele, o novo centro de distribuição custará mais de R$ 16 milhões e inclui uma área de 30 mil metros quadrados de terreno e 9 mil metros quadrados de área construída. A previsão é inaugurar a estrutura até o fim de junho.
A empresa também projeta a construção de uma nova fábrica, para produção de cervejas. Segundo ele, mais de 70 municípios manifestaram interesse em receber a planta. “Só nesta quarta-feira, representantes de cinco cidades apresentarão propostas.”
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Eggers afirma que a decisão sobre o local de instalação ocorrerá até o fim de março. Lembra da necessidade de oferta abundante de água de qualidade e de uma área que varie entre 80 e cem hectares próximo a rodovias.
Além de cervejas de produção em larga escala e artesanais, o empreendimento incluirá produtos como sucos, chás, isotônicos, bebidas funcionais e refrigerantes. Para os próximos cinco anos, a empresa ainda pretende aumentar a parcela de participação no mercado de água mineral e refrigerante.
Abatedouro e queijaria
Duas das principais cooperativas do estado programam a construção de novas plantas industriais. Em Arroio do Meio, a Dália projeta a edificação de um abatedouro de frangos. De acordo com o diretor do Conselho de Administração, Gilberto Piccinini, o projeto está adiantado e faltam detalhes sobre a participação do município e licenciamentos ambientais.
“A área onde o abatedouro será construído já está liberada. Faltam as autorizações para o matrizeiro e o incubatório”, assegura. Segundo ele, a projeção é iniciar as obras entre o fim deste ano e o início de 2017.
Em Teutônia, a Languiru programa a construção de uma fábrica de queijos, com capacidade para produzir dez toneladas do produto por dia. O projeto é dividido em três módulos. Para o primeiro, o investimento previsto é de R$ 10 milhões, com prazo de conclusão de três anos.
A área de construção supera os 3 mil metros quadrados, incluindo o prédio principal, caldeiras, lagos de tratamento, área de circulação, guarita e anexos. A previsão de faturamento é de até R$ 50 milhões por ano.