A seleção de artistas e o primeiro ensaio para o maior espetáculo da cidade ocorreu nessa quarta-feira à noite. O encontro no Convento Franciscano São Boaventura, em Daltro Filho, reuniu 30 artistas locais. O secretário de Educação e Cultura, Charles Porsche, esclareceu o projeto deste ano. A apresentação ocorrerá nos dias 19 e 20 de março, no convento. No ano passado, cinco mil pessoas do Vale do Taquari prestigiaram.
No ano passado, o evento teve dois dias de apresentações, figurino novo, show de fogos e mapeamento tridimensional nas paredes do convento. O investimento somou R$ 90 mil por se tratar da comemoração de dez anos de evento. Para 2016, a organização trabalha com duas possibilidades. Tudo depende da captação de recursos por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC).
Conforme o secretário, o desafio de conseguir recursos para o espetáculo preocupa. A projeção é de apresentação única, com luzes e fogos. A segunda opção é incrementar em dois dias com projeção em 3D e show pirotécnico. Caso o projeto seja barrado pela LIC, haverá inovação com dinheiro escasso. Em uma noite, o custo chega a R$ 60 mil. As duas noites com efeitos especiais somam R$ 90 mil. “Mesmo com redução de gastos, a Paixão de Cristo ocorrerá.”
Novidades no teatro
Os ensaios iniciaram antes da definição geral do espetáculo para aprimorar mudanças. Para o diretor Marcelo Brentano, a base do teatro permanece sendo a Paixão de Cristo. Além de alterar falas, foram inclusas cenas para destacar os milagres de Jesus. “Mudamos o texto com algumas novidades”, diz.
Muitos artistas vivem os mesmos personagens por várias edições consecutivas, mas ainda não há definição. Os papéis serão conhecidos na terça-feira, no convento, com início às 19h. “Faremos estudo do texto primeiro”.
A paixão de encenar
Roberta Höfler, 39, é professora na escola de Educação Infantil Pequeno Mundo e atua desde a primeira edição. Por quatro vezes, interpretou o personagem do demônio. A apresentação do ano passado teve mais destaque no personagem pela caracterização aprimorada. O ingresso nas artes cênicas surgiu como experiência e hoje é parte da rotina. “Não consigo me ver fora da apresentação”, diz.
A participação no primeiro evento a inspirou a ingressar no grupo Façarte, que promove oficinas de Teatro para a comunidade. A paixão pelas artes cênicas garante a presença em todos os ensaios e espetáculos.
