MPF finaliza análise das obras do PAC

Lajeado

MPF finaliza análise das obras do PAC

Perícia da equipe multidisciplinar foi ao procurador. Denúncia partiu de Adi Cerutti

MPF finaliza análise das obras do PAC

O Ministério Público Federal (MPF) anuncia nos próximos dias o resultado de uma análise pericial realizada em todos os itens contratados pelo governo de Lajeado com o consórcio das empresas Giovanella e Coesul. O procurador da República, Cláudio Terre do Amaral, já recebeu o diagnóstico feito por uma engenharia do MPF após as denúncias de superfaturamento nas obras do PAC.

Caso verifique qualquer irregularidade ou discrepância entre os serviços pagos e os trabalhos realizados pelo consórcio, Amaral deverá solicitar a paralisação das obras. O procurador está de férias desde o Natal, no entanto, não deve abrir mão de ser o titular dessa ação. O inquérito civil foi aberto em setembro a pedido do prefeito, da câmara de vereadores e de populares.

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As obras de pavimentação asfáltica em trechos de 14 vias municipais estão orçadas em R$ 20,3 milhões. Em setembro do ano passado, o então secretário de Obras (Sosur), Adi Cerutti, denunciou empenhos com valores supostamente acima do que efetivamente custariam determinados itens do contrato. Os responsáveis pelas empresas negam veementemente qualquer irregularidade.

Cerutti se negou a assinar os empenhos, e chegou a dizer que as empresas estariam cobrando mais de R$ 1 milhão em serviços previstos e não realizados em vias públicas. Entre as discrepâncias anunciadas pelo ex-secretário da Sosur, estariam implosões de rochas, escavações, transporte de cargas e assentamento de canos.

O ex-secretário questionava, principalmente, o conteúdo de cinco notas fiscais apresentadas pela empresa no dia 3 de setembro. Ele também afirmou, na época, que diversos trechos foram asfaltados sem a presença de fiscal da prefeitura, o que, em tese, pode significar mau uso dos recursos do contribuinte.

De acordo com ele, todo o recapeamento asfáltico na av. Benjamin Constant, entre a Padaria Suíça e a agência do Sicredi, no bairro Florestal, foi aplicado sem qualquer fiscalização por parte dos servidores municipais. Isso porque, segundo Cerutti, as empresas não teriam aceito o fiscal indicado pela Sosur. Após a confusão, o prefeito nomeou novos fiscais para o controle da obra.

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