Piscinas abandonadas podem virar foco

Vale do Taquari

Piscinas abandonadas podem virar foco

Vigilância em Saúde recomenda cuidados para evitar infestação do mosquito da dengue

Piscinas abandonadas podem virar foco

Com a chegada do verão aumentam campanhas e discussões sobre como evitar a propagação da dengue. Com o aumento das temperaturas, as piscinas voltam a ser usadas. Mas é preciso cuidado para que as estruturas, que proporcionam momentos de diversão, não se tornem nocivas à saúde.

De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Carmen Hentschke, o aedes aegypti prefere colocar os ovos em locais com pequeno volume de água. Mas ela lembra que, caso não seja adequadamente tratada, qualquer piscina pode se tornar um foco de proliferação.

Conforme Carmen, é difícil enxergar o ovo do mosquito, que pode ser depositado em cantos, frestas e locais de difícil acesso, e só uma inspeção minuciosa pode identificá-lo. Portanto, a aplicação de cloro deve ser feita, mesmo que à água não esteja turva ou aparentemente suja. “Antes de virar larva, é quase impossível saber que um lugar se tornou um foco em potencial”, pondera.

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Para ela, o ideal é evitar o risco. Além do tratamento químico, a única maneira de evitar a procriação do aedes é cobrindo ou esvaziando qualquer reservatório. Carmen alerta que as aplicações devem ser feitas seguindo especificações de proporção presentes em rótulos de produtos ou com a orientação de profissionais.

No caso de piscinas de plástico ou infláveis, e preferível trocar a água periodicamente. A larva do mosquito, que também pode transmitir o zika virus e a chikungunya, precisa mergulhar até o fundo de recipientes para se alimentar. Por isso, em locais profundos, morre em função da pressão da água. “O aedes gosta de locais com pouca água, por isso, a maior preocupação é com reservatórios e recipientes pequenos”, conclui.

Ações de conscientização

O combate ao mosquito depende de cuidados da população. É preciso evitar o acúmulo de água. Em Estrela, neste sábado, o município, sob o tema “O perigo da dengue mora em nossa casa”, orienta a população e distribui panfletos na feira do produtos, no centro, e nos bairros Oriental e dos Estados.

Em Lajeado, a Secretaria de Saúde lançou o documento “Lajeado pela vida contra o aedes”, que visa combater o mosquito, por meio da ampliação da consciência ambiental da comunidade. O manifesto também orienta a elaboração de estratégias de ação coletiva, notificação a proprietários de locais abandonados, distribuição de material informativo e treinamento de agentes de endemias.

Em Colinas, a abordagem do problema é diferente. Agentes comunitários visitaram cemitérios. O objetivo é acabar com a possibilidade de surgimento de focos, tirando o excesso de água de vasos de flores.

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