Uma série de arrombamentos em veículos foi registrada na manhã de ontem. Pelo menos três carros foram violados entre às 11h e 12h20min. A suspeita da Brigada Militar é de que os crimes foram cometidos por uma quadrilha especializada nesse tipo de ação.
Vendedora em uma revenda de automóveis, Lisiane Zerwes, 24, chegou para o trabalho por volta das 8h30min e estacionou o Fiat Agile na avenida Alberto Müller, bairro Altos do Parque.
Ao retornar ao veículo, pouco depois do meio-dia, percebeu que o controle do carro não respondia aos comandos para desativar o alarme e abrir a porta. “Cheguei mais perto e vi que estava arrombado, com a bateria desativada.”
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Conforme Lisiane, o carro teve parte do painel arrancada. Foram levados o estepe e o macaco hidráulico do carro, além do conjunto de som automotivo com rádio, dois módulos de som, três alto-falantes, uma caixa com dois twitters, uma bateria de caminhão e uma fonte de 200 amperes. A vendedora avalia os prejuízos em cerca de R$ 10 mil.
Ela estaciona no mesmo local faz quase dois anos. Lembra que há cerca de dois meses um funcionário da empresa na qual trabalha também teve o carro arrombado. “Como nunca tinha ocorrido nada antes, achamos que seria exceção.”
De acordo com o comandante do 22º BPM, major Inácio Caye, pelo menos mais dois veículos foram violados em um período de pouco mais de uma hora.
Na rua Saldanha Marinho, no centro, os criminosos arrombaram um Fiesta e levaram o estepe, a tampa do porta-malas e o aparelho de som. O outro caso confirmado ocorreu na rua Emílio Conrad, bairro Moinhos, onde um Kia Ceratto teve subtraídos um boné, roupas e brinquedos.
Quadrilha especializada
“Tudo leva a crer que foi o mesmo autor”, diz o comandante da BM. Conforme Caye, os criminosos agem em dupla e chegam aos locais dos crimes em um Celta marrom. Uma das vítimas fez imagens de um dos suspeitos durante o arrombamento.
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De acordo com o major, a BM irá monitorar ações suspeitas pelos próximos dias. No mês passado, foram registrados nove arrombamentos em veículos na cidade. O número é menor em relação ao mesmo período de 2014, quando ocorreram 12 ocorrências do tipo.
Nenhuma prisão foi relacionada aos casos. Conforme o comandante, há brechas legais que facilitam a ação dos criminosos e a impunidade. “Até responder pelo crime, o suspeito não fica preso.”
