Cenário de abandono nos últimos anos, o Cemitério Municipal Travessa da Paz, no Florestal, ganha nova roupagem com a construção das primeiras 160 gavetas. A obra, que engloba a proposta de reestruturação do espaço, iniciou em novembro e deve ser entregue três meses antes do prazo estipulado em contrato.
A empresa Madeireira Travesseiro, vencedora da licitação no valor de R$ 199,8 mil, projeta a conclusão dos trabalhos para o fim de fevereiro. Metade da obra está pronta. Ao todo, a edificação tem 103,3 metros quadrados, com quatro andares.
O bloco é construído quase na divisa com o cemitério evangélico, tendo 14 metros de distância entre as ruas paralelas ao espaço. Para viabilizar a obra, foi necessária a retirada de 27 sepulturas. “Tínhamos receio que as famílias seriam contra. Bem pelo contrário, todas as pessoas elogiaram e apoiaram o projeto”, aponta um dos idealizadores, João Carlos Schneider.
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Segundo avaliação da Secretaria da Habitação e Assistência Social (Sthas), o Travessa da Paz tem capacidade para a construção de quatro mil gavetas. Os espaços serão construídos em etapas seguintes, de acordo com a lotação das vagas disponíveis. Para a coordenadora dos Cemitérios Municipais, Graziela Müller, a iniciativa padroniza os túmulos e permite ampliar o número de vagas a partir da criação de ossários.
Além do cemitério do Florestal, o município conta com uma área no bairro Jardim do Cedro. Contudo, o projeto de reestruturação dos espaços prevê o fim dos sepultamentos no local, onde ainda restam 14 gavetas vagas.
Mudanças nos cemitérios municipais, incluindo o do Jardim do Cedro, começaram a ser tratadas pelo Executivo logo após a troca de governo. Elas foram motivadas pela histórica falta de espaço para novos enterros nesses locais, associada aos constantes atos de vandalismo e abandono de sepulturas.