Município compra máquina com defeito

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Município compra máquina com defeito

Pulverizador repassado para Patrulha Agrícola de Barra do Fão custou R$ 13,4 mil

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Vazamentos impedem agricultores da Patrulha Agrícola de Barra do Fão de usar um pulverizador comprado no ano passado. Os problemas foram constatados durante testes com água, em outubro, e o equipamento está sem uso desde então. A entidade presidida por Casemiro Brandão é composta por 12 produtores da localidade.

A situação foi constatada em um dos dois pulverizadores entregues ao grupo. Após perceberem os vazamentos, não ligaram mais o maquinário. Os agricultores ainda constataram ressecamento de bicos e mangueiras. As roscas de engate apresentam desgastes e a pressão é considerada baixa.

Sem o equipamento, os sócios precisam solicitar o serviço a terceirizados. Com a demanda, as solicitações demoram a ser atendidas e atrasam o plantio. Outro problema é a diferença de custos. Enquanto a diária com equipamentos e profissionais contratados ultrapassa R$ 100, com equipamento comprado pelo grupo é estimada em R$ 25.

Os produtores também reclamam da demora da assistência técnica e da falta de um posicionamento da distribuidora, sediada em Goiânia (GO). Outra queixa é a limitação de recursos apresentado pelo item. Antes da compra, do equipamento manual, voluntários haviam cotado e sugerido pulverizadores com barramento e controle hidráulico.

Para o prefeito Ricardo Rockenbach, a existência de problemas no equipamento comprado demonstra limitações no sistema de pregão eletrônico. De acordo com ele, o caso era desconhecido pelo Executivo, que deve apoiar os produtores. “É muito difícil para as administrações. Muitas empresas já mantêm equipamentos com qualidade menor para misturar nos lotes.”

Armazenamento falho

Pelo contrato de compra, foram pagos mais de R$ 13,4 mil pelos dois pulverizadores. O documento ainda estabelece um ano de garantia para defeitos de fabricação. Com a dificuldade descrita pelos agricultores nos contatos com o distribuidor, o caso chegou ao fornecedor dos equipamentos, em Rio Pardo.

Segundo informações e fotos repassadas pelos agricultores e Executivo, o empresário Luís Dupont atribui os problemas a erros no armazenamento do maquinário. De acordo com ele, o motivo mais provável para os vazamentos é o ressecamento dos anéis de borracha nos bicos do equipamento. “Isso vai ocorrer em dez anos. Ele deve ter ficado exposto ao sol e à chuva. Todo trabalhador sabe que, depois de usar, é preciso guardar ele corretamente.”

Na avaliação do empresário, a diferença de preço entre a cotação de fábrica, estimada em R$ 7,2 mil, e o pago para o distribuidor se deve aos custos de operação da loja e do frete. Dentro do estado, afirma, um pulverizador com dois metros a mais do que vendido para o município saiu por R$ 16 mil e similares com os recursos hidráulicos podem chegar a R$ 20 mil.

Vantagens indicadas são a possibilidade de adaptar e o baixo custo de manutenção no equipamento, devido à facilidade de reposição dos componentes. As possibilidades foram apresentadas aos integrantes da Patrulha Agrícola.

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