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Com a demanda por carne e derivados em alta, associação busca novos criadores e pretende expandir os plantéis. Vendas registram crescimento de até 15% ao ano. Facilidade de manejo, rusticidade e desenvolvimento mais rápido para abate são atrativos para quem pretende iniciar a atividade e diversificar a economia.

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Apontada como nova opção para a diversificação da pequena propriedade, a criação de bubalinos pode oferecer lucro maior que o gado, devido às qualidades nutricionais. Por meio de parcerias com redes de varejo, a carne e derivados ganham cada vez mais destaque nos supermercados e conquistam novos consumidores.

Há nove anos foi firmado o primeiro acordo da Cooperativa Sul-Riograndense de Bubalinocultores (Cooperbúfalo) com as Redes Zaffari/Bourbon. Mais recentemente, em novembro, foi estabelecida parceria com a redes de Lojas Imec. As vendas registram aumento de até 15% ao ano.

Conforme o presidente da Cooperbúfalo, Julio César da Veiga Ketzer, o maior desafio é suprir a demanda por matéria-prima. Hoje o rebanho gaúcho chega a 70 mil animais. Outro empecilho é o preço, que acompanha a cotação da carne bovina. Com a redução do poder de compra, está prevista uma pequena queda nas vendas. “Precisamos superar o desconhecimento quanto às questões nutricionais.”

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Segundo Ketzer, 70% dos abates são realizados nos frigoríficos Coopsul, de Bom Retiro do Sul, e Gassen, de Santa Cruz do Sul. No Frigorífico Ouro do Sul, são produzidos embutidos como linguiça mista (salsichão) e dois tipos de salsichas, a bock e a dog. Por semana, são abatidos entre 75 e cem animais com até 24 meses de idade. Em 2014, o total de abates ultrapassou seis mil cabeças. Com a procura constante e garantia de venda, a entidade busca novos criadores e a expansão dos plantéis.

O preço da carne se equipara ao pago pela bovina, média de R$ 5,20 o quilo. Hoje 80% do rebanho está concentrado na metade sul (38% na fronteira, 25% na Região Central e Vale do Rio Pardo e 17% nas regiões Sudeste e Metropolitana).

Há 1.448 criadores. As principais raças são murrah e mediterrâneo. Segundo dados relativos a 2014, os criadores movimentaram R$ 6,9 milhões. Foram produzidos 47 mil quilos de queijo.  Até 2016, a meta é ampliar em 28% a industrialização, chegando a 60 mil quilos/ano.

Oferta  ampliada

A partir deste mês, os clientes do Imec Supermercados têm mais uma opção em carnes – a de búfalo, produto visado para quem busca uma comida mais nutritiva, saudável e saborosa. Quinze das 18 lojas oferecem o produto. Segundo o gestor comercial, Marcelino Schwerz, essa é uma parceria com o Frigorífico Gassen e a CooperBúfalos, com a finalidade de oferecer um produto com alto padrão de qualidade, saudabilidade e com preço atrativo. “Serão oferecidos todos os cortes de dianteiro, costela, chuleta, carnes para churrasco e bifes.”

O volume inicial negociado é de 11 cabeças, com a perspectiva de chegar a 25 no próximo ano. “É um volume limitado, pois o rebanho no RS é muito pequeno.”Para incentivar a compra e explicar o potencial nutritivo da carne, todos os açougueiros passaram por treinamento.  De acordo com a nutricionista Giovana Bianchetti, em comparação com a carne de boi, a de búfalo tem cerca de 40% menos colesterol, 55% menos calorias e 12 vezes menos gorduras, além de oferecer mais proteínas, minerais e vitaminas.

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