Salário mínimo sobe para R$ 880 em 2016

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Salário mínimo sobe para R$ 880 em 2016

Decreto assinado ontem pela presidente Dilma Rousseff define reajuste em 11,6%

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Salário mínimo sobe para R$ 880 em 2016
Foto: Arquivo / Grupo A Hora

Trabalhadores e aposentados receberão R$ 92 a mais sobre o salário mínimo nacional a partir de janeiro. O reajuste para R$ 880 foi estabelecido no começo da tarde de ontem pela presidente Dilma Rousseff. Decreto presidencial deve ser publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União.

A diferença será de 11,6% sobre a base praticada. O primeiro pagamento com os valores atualizados representa um incremento de R$ 51,5 bilhões na renda dos trabalhadores, segundo o Ministério do Trabalho, o que impactará na economia do país.

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De acordo com o ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rosseto, o reajuste representa uma melhora da renda de 48 milhões de brasileiros.

“Significa ampliação de mercado, qualidade de vida, desenvolvimento econômico a partir da dinamização dessa renda na economia brasileira”, apontou na divulgação do percentual ontem. Do total, 21 milhões são aposentados e pensionistas.

Há quatro meses, quando o governo encaminhou proposta de orçamento para 2016 ao Congresso Nacional, a elevação do mínimo estava projetada em R$ 865,50. Quando o texto foi aprovado, no último dia 17, a previsão era R$ 870,99.

De acordo com o governo, o valor foi alterado após ocorrer atualização com base nos parâmetros estabelecidos na correção – crescimento do PIB de dois anos antes e inflação do ano anterior medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice que reflete a alta de preços para famílias com renda entre um e cinco mínimos.  O percentual do aumento concedido pelo governo está um pouco acima da inflação. Até novembro, conforme o IPCA, o acumulado era de 10,2%.

Enquete

Você acredita que o reajuste de 11,6% no salário mínimo supre o encarecimento dos produtos no decorrer do ano?

“Acredito que não. Não vai suprir a perda do valor do dinheiro e o que precisamos gastar a mais com os aumentos dos produtos.”

Aldemir dos Santos,
45, funcionário de shopping em Lajeado


“Há muito tempo que o salário mínimo não cobre as necessidades básicas do cidadão. Reajustar o salário é uma forma de mascarar uma situação e dizer que está bom. Mas na verdade nada sobe menos que o salário. Alimentos, vestuário e transporte. Tudo está mais caro. O reajuste ainda é pouco.”

Januário Correia,
46, vendedor (Santa Clara do Sul)


“Com o reajuste melhora um pouco, mas o salário mínimo continua baixo. Consigo só pagar as contas básicas. Se quero fazer algo extra, dependo do apoio dos familiares.”

Otto Lunkes,
92, aposentado (Lajeado)


“O aumento é muito pouco levando em consideração a defasagem do dinheiro. Para quem é aposentado é pior ainda. O assalariado deveria ser recompensado com um aumento maior.”

Constantino Chiarelli,
76, aposentado (Lajeado)


“Não adianta nada ganhar 11% de aumento no salário se as outras coisas aumentam quase 50%, como a gasolina. No final das contas, fica empatado ou até pior.”

Jussara Damásio,
33, auxiliar de enfermagem (Lajeado)

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